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Enviada em: 26/05/2019

O filme norte-americano "Sociedade dos poetas mortos", conta a história de um professor que tem como objetivo estimular o pensamento crítico e autônomo dos estudantes. Tal destaque dado pela obra evidencia a necessidade de integrar a educação nas transformações sociais, relação que, apesar de fundamental, não é tão expressiva na atualidade.     Em primeiro lugar, é preciso entender o verdadeiro significado das instituições de ensino e como elas podem ajudar a resolver problemas do nosso tempo. Em um contexto de desigualdade, preconceito e crescimento da intolerância, começar mudanças pela escola não é só importante, mas essencial. Malala Yousafzai, importante ativista pela educação, já confirmou essa relevância quando afirmou que a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. Entretanto, é fácil perceber que essa importância não é tão reconhecida e essa função é deixada de lado no nosso país.    Apesar de apontada como decisiva por Malala, tal papel do ensino não é prioridade hoje. Tudo que é dado em sala de aula tem apenas um objetivo: a aprovação. Nesse contexto, a educação tem como meta, intencional ou não, a formação de indivíduos acomodados, não questionadores e submetidos à estrutura do poder vigente. Sob essa perspectiva, campanhas e palestras sociais focadas em direitos humanos, visitas a instituições não estão mais na agenda das aulas. Se não há incentivo a essas atividades, não há, também, por que entender o valor do meio nas transformações sociais. As mudanças, então, não devem começar só pelas causas, mas também pela própria necessidade de se entender essa importância.    Fica claro, portanto, que, apesar de crucial, o papel transformador da educação não tem sido aproveitado no Brasil, sendo necessário não só entender essa relevância, mas também encontrar nas instituições ferramentas para essas ações. Nesse sentido, o MEC e a mídia podem trabalhar difundindo a importância do ensino para transformar a sociedade, através de novelas e entrevistas com educadores. Além disso, o MEC pode também acrescentar no currículo nacional do ensino médio, debates periódicos com especialistas em diversos temas sociais, de forma que, pouco a pouco, a frase de Malala realmente faça sentido e o filme também.