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Enviada em: 02/07/2019

"O pobre,o favelado,o negro ele está no banco de reserva.E só quem vai botar ele no jogo é o estudo e a leitura".Essa frase,dita por um dos personagens do documentário "Nunca me sonharam",exalta a eficiência da possibilidade de mobilidade social gerada pela educação de qualidade.Contudo,infelizmente,percebe-se que o uso dessa ferramenta para mudanças na sociedade moderna não ocorre como retratado no âmbito cinematográfico,haja vista que duas razoes contribuem para isso:a precariedade no contexto escolar e a manutenção de um ensino tecnicista.    Em primeira análise,é importante salientar que Émile Durkheim,sociólogo moderno,afirmava que a legitimidade das instituições é responsável pela coesão social.Analogamente a isso,nota-se que as corporações educacionais não efetivam essa teoria,já que o descaso e o desinteresse dos órgãos públicos federais em investir e em priorizar a educação para a melhoria da sociedade não ocorre como proposta em muitas campanhas políticas.Isso fica evidente nos atuais cortes na área acadêmica nacional,o qual impede que a ação educacional integre diferentes grupos,bem como inviabiliza a democratização desse direito para todos.Essa postura deixa explicita a manutenção da precariedade desse setor no país e ,esse contexto,precisa de medidas que dissolvam essa realidade.      Em segunda análise,a presença do ensino conteudista também é um aspecto que limita as transformações sociais causadas por esse bem.A partir disso,Sócrates,pensador antigo,ressaltava que o conhecimento verdadeiro encontra-se dentro do ser e tal sabedoria tem como pauta o questionamento sobre a moral humana,a felicidade,a política e a finalidade das condutas comunitárias.Desse modo,segundo dados do IBGE,a educação vinculada á necessidade de ser aprovado no vestibular,bem como a exigência do mercado do mercado de trabalho em contratar funcionários mais técnicos do que pensantes impede o aumento do senso crítico e o seu uso em decisões conjuntas.Essa verdade faz com que o cidadão brasileiro fique sem entendimento sobre a própria realidade,e, para a resolução disso,medidas precisam ser tomadas.       Diante do exposto,portanto,é preciso que o Ministério Público,já que seu papel social é fiscalizar as ações dos demais poderes,inspecione a distribuição de verbas entre os integrantes da união,mediante contratação de defensores públicos,a fim de impedir que a precariedade no contexto educacional,continue.Ademais,é dever do MEC,uma vez que esse poder tem como critério engajar a população,fazer palestras e debates para os professores,por meio da utilização de livros de filósofos renomados que eram prol educação,como Paulo Freire,na tentativa de legitimar um aprendizado humano-social.Feito isso,frases como ditas no documentario não serão mais uma verdade no país.