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Enviada em: 14/08/2019

O século XVIII, por vezes denominado “século das luzes”, ilustra um dos períodos de maior avanço do racionalismo sobre o desenvolvimento social. Atualmente, nota-se que a difusão do conhecimento é creditada à família, escolas e universidades, as quais possibilitam ao cidadão o aguçamento do senso crítico frente aos problemas sociais. Assim, ainda que a educação seja importante veículo de mudança na sociedade, verifica-se a ocorrência e manutenção de problemas históricos, além da crescente ausência da literatura no cotidiano do indivíduo.    Em um primeiro momento, a manutenção de problemas históricos suscita maior envolvimento do indivíduo na efetivação de mudanças por meio da educação. O início do Brasil República inicia-se com marcas de corrupção, as quais eram vislumbradas por meio dos votos de cabresto – votos pleiteados pela coerção social. Esta debilidade moral dos órgãos dirigentes perpetuou-se ao longo dos anos e mostra-se visível atualmente em prevalência e intensidade, haja vista a precariedade existente nos sistemas de saúde, educação e segurança do país, resultantes de sucessivas administrações ineficientes. Nesse sentido, entende-se que a promoção da educação é ferramenta útil e necessária para que o indivíduo seja capaz de alterar a estrutura do sistema e ditar novas perspectivas para as futuras gerações.   Não somente isso, cita-se a crescente evasão escolar e a pouca afinidade do indivíduo quanto a manutenção de uma rotina leitora. De acordo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2014, entre os jovens de 15 a 17 anos, ao menos 676 000 indivíduos sequer completaram o ensino fundamental, revelando que a educação tem sido preterida cada vez mais por outras atividades. Assim, associada à precoce imersão do jovem no mundo da tecnologia, a capacidade leitora e o desenvolvimento do senso crítico vão perdendo espaço no cotidiano do jovem, promovendo a imobilidade ou pouca atração frente ao enfrentamento de problemas sociais.    Fica claro, portanto, que a educação é fator primordial para que mudanças sejam efetivadas na sociedade. Nesse sentido, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, deve promover investimentos nas redes públicas de ensino, como melhores instalações, profissionais e recursos tecnológicos, visando melhorar a transmissão de conhecimentos, os quais irão proporcionar ao indivíduo o aguçamento de seu senso crítico, possibilitando-os, desta forma, maior capacitação para enfrentamento de problemas sociais. Além disso, é papel da família incentivar e dar condições aos jovens para a continuidade dos estudos, efetivando essa medida a partir da inserção da literatura no cotidiano do indivíduo, seja pela aquisição de livros, seja pela utilização de obras em domínio público.