Materiais:
Enviada em: 27/07/2017

Na Constituição brasileira de 1988, é previsto que a educação é um direito de todos e é dever do Estado e da família. Isso porque esse mecanismo atua no desenvolvimento das pessoas, no exercício da cidadania e na preparação para o mercado de trabalho. Contudo, os impasses para uma prática educativa eficiente comprometem esse contexto, devido a questões infraestruturais e sistêmicas. Assim, é substancial efetuar ajustes para que a educação promova mudanças na sociedade.       "Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo." Essa premissa do pedagogo Paulo Freire expressa a importância da educação como veículo para a evolução das civilizações. Todavia, os mecanismos tradicionais de ensino - que visam apenas a reprodução de conteúdos - não são atrativos e pouco acrescentam na construção crítica do indivíduo. Por isso, a empatia, o trabalho em equipe, a criatividade e a autonomia são vertentes inovadoras no combate à alienação e à manipulação ideológica. Com essa adaptação, é evidente que as interações sociais e a cidadania serão otimizadas.       É válido ressaltar, ainda, que os déficits infraestruturais nas escolas comprometem a qualidade do ensino. Análogo à Terceira Lei de Newton - em que para cada força aplicada há uma reação de igual intensidade - a baixa remuneração dos professores, a ausência de material didático e a defasagem tecnológica tem como reação o baixo aprendizado dos alunos. Nesse contexto, a educação não consegue atuar de maneira efetiva para a mudança na sociedade. Como prova disso, cerca de 1,3 milhões de jovens abandonam os estudos escolares, consoante a pesquisa realizada pelo EBC. Dessa forma, nota-se que o amadurecimento crítico e a profissionalização desses alunos serão comprometidos.       Fica claro, portanto, que para fazer jus ao texto constitucional, é premente que as instâncias sociais ajam em conjunto. Para isso, o Ministério da Educação deve investir na dinâmica de ensino, com o uso de debates e atividades coletivas, assim como também deve melhorar a infraestrutura das escolas, com o intuito de estimular a interação social e a cidadania. Somado a esses fatores, a família deve auxiliar o processo educativo, por meio de diálogos e incentivo a leitura. Paralelamente, é viável que a mídia forneça informações seguras e critique os déficits educacionais, com o objetivo de incentivar o senso crítico da população.