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Enviada em: 13/10/2017

De acordo com o escritor Gilberto Freyre: "o saber sem um fim social é a maior das futilidades". Depreende-se, portanto, a função dessa na construção de valores que levarão a uma sociedade que priorize o bem estar comum. Assim, torna-se necessária a discussão do seu papel do seu papel como veículo de mudança e os entraves para sua plena realização.     É pertinente considerar, antes de tudo, que um sistema educacional eficiente é sinônimo de democracia. Com um processo constante de conscientização, os indivíduos vão exercer sua condição de cidadão e lutar pela garantia dos seus direitos. Na década de 60, eles protestaram contra a ditadura no país. Nos anos 90, estudantes se uniram a favor do impeachment de Collor, chamado movimento dos caras-pintadas. Esses exemplos comprovam que o poder de contestação é impulsionado pelo ensino adequado.     Outrossim, o desenvolvimento social também deve ser ressaltado. A ordem e o progresso da nação estão intimamente ligados ao engajamento político, uma vez que esse garante melhorias nos sistemas públicos que visem ao benefício da coletividade. Tem-se como exemplo as manifestações de 2013 que tiveram resultados imediatos: diminuição da tarifa do transporte e aumento dos investimentos em educação. Isso se deve, principalmente, ao poder de mobilização dos jovens nas redes sociais. De fato, o país ganha como um todo.     Por outro lado, é preciso reconhecer que há fatores que prejudicam essa utilidade como a falta de inclusão e a má infraestrutura. Seguindo o ideário marxiano, no qual a economia determina o meio social, é notório que esse aspecto perpassa pelas escolas, fazendo com que elas sejam segregadas entre os favorecidos ou não economicamente, dificultando o total engajamento visando à sua excelência. Além disso, há o desvio de verbas e a deficitária administração como empecilhos, uma vez que corroboram para carência de escolas em áreas distantes dos centros urbanos, de materiais e de transporte escolar.     Dessa forma, é imprescindível potencializar o papel das escolas na contemporaneidade. Por isso, o Ministério da Educação, em parceria com o setor privado, deve fornecer verbas regularmente objetivando à melhoria da infraestrutura escolar e fiscalizar rigorosamente sua administração. Aliado a isso, as próprias escolas, em associação com os governos municipais, precisam oferecer projetos culturais que incentivem a inclusão de todas as classes, o espírito democrático, a consciência cidadã e a importância do estudo para realização pessoal e coletiva. Com essas ações a sociedade caminhará em direção ao progresso.