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Enviada em: 19/10/2017

Educação e poder            O líder sul-africano Nelson Mandela, demonstra o poder de transformação social do ensino ao afirmar que, a arma mais poderosa para mudar o mundo é a educação. Nesse sentido, evidencia-se a necessidade de um diálogo entre sociedade e estado, de forma que a libertação proporcionada pelo conhecimento seja acessível à todos sem distinção de classe social.           Em primeiro plano, é importante salientar o contexto histórico brasileiro que indubitavelmente influencia essa questão. Sabe-se que os jesuítas foram os primeiros educadores a chegar ao território nacional, junto aos navegadores portugueses em 1500. Após esse fato, em 1808, com a vinda da "Família Real", milhares de livros que comporiam a Biblioteca Nacional, situada na cidade do Rio de Janeiro, desembarcaram em território nacional junto à professores e educadores vindos de Portugal. Mais tarde, em 1930, no governo populista de Getúlio Vargas, criou-se o Ministério da Educação (MEC) e a partir de então a educação passou a caminhar lado a lado com as questões socioeconômicas.                  Diante dessa linha do tempo, percebe-se que o modelo educacional brasileiro sempre esteve atrelado às intenções ou anseios políticos. Por isso, até os dias atuais, muitas vezes, a educação não é vista de forma positiva, pois o que a ignorância aprisiona é libertado pelo saber. Como exemplo disso, podemos observar o número de cidadãos sem qualificação profissional disponíveis no mercado de trabalho e que servem de mão de obra barata para as grandes empresas.              Fica evidente, portanto, que mudanças no sistema de ensino devem acontecer para que ocorra a democratização das oportunidades profissionais e consequente ascensão social da população. Assim, a Receita Federal deverá destinar uma parcela maior dos impostos arrecadados para a modernização do ambiente escolar, cabendo ao MEC à informatização de toda rede de ensino, utilizando as novas tecnologias à favor dos jovens que ali estudam. Já à comunidade cabe a fiscalização e cobrança para que seus direitos constitucionais sejam garantidos e a educação acompanhada da qualificação profissional dos seus "filhos" concretizada. Com isso, a povo brasileiro estará "armado" e poderá transformar o mundo positivamente.