Materiais:
Enviada em: 01/11/2017

Segundo Immanuel Kant, conceituado filósofo moderno, o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Nessa perspectiva, é possível relacionar esse pensamento kantiano ao alto grau de desenvolvimento econômico e sociocultural dos países centrais, justamente onde os investimentos na educação foram aplicados com primazia. Sendo assim, o Estado, ao não investir em instituições de ensino que confiram um processo educativo sólido e eficaz para a população brasileira, atenta não só contra o intelecto dos cidadãos brasileiros, mas também prejudica o avanço financeiro e a preservação da cultura nacional.      Em relação à educação como veículo de mudança na sociedade, vale ressaltar, em um primeiro momento, a sua participação no que tange o progresso econômico. Isso se deve ao fato de que as instruções transmitidas pelas escolas fazem com que cada vez mais profissionais capacitados sejam introduzidos no mercado de trabalho. Ademais, possuir uma formação intelectual fomenta, nos profissionais, maior capacidade em resolver problemas que por sua vez, implica em um aumento de produtividade na realização de quaisquer funções.     Em um segundo momento, percebe-se um déficit na manutenção das manifestações culturais brasileiras a partir da desvalorização dos processos educativos, por parte do governo. Nessa perspectiva, é importante afirmar que o estudo exigido pela escola favorece a formação de um senso crítico individual nos alunos, uma vez que em certas práticas escolares (como a leitura e as avaliações) é exigido um posicionamento pessoal do aluno acerca do tema. Não obstante a arte, a música e o teatro representarem formas de expressão da cultura local, essas práticas também necessitam de uma posição crítica do autor em relação a sociedade. Assim, uma educação de má qualidade, a longo prazo, vai de encontro à produção artística responsável por preservar a cultura nacional.        Dado o exposto, fazem-se necessárias soluções que amenizem as problemáticas supracitadas. Em primeiro lugar, cabe a mídia, com vistas a convocar a população para pressionar o governo a fim de maiores investimentos na educação, expor, por meio de seus veículos informativos, as péssimas condições nas quais as escolas públicas se encontram. Em segundo lugar, cabe ao Ministério Público, por meio de uma ação conjunta com o Ministério da Educação, coibir as práticas governamentais de descaso para com os processos educativos, com base na relação entre os processos educativos e o desenvolvimento econômico e cultural da nação.