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Enviada em: 17/03/2018

Aprender é mudar            O pedagogo Paulo Freire elaborou uma definição para educação, que diz: "Educar é despertar a curiosidade natural nas mentes jovens". No entanto, as escolas ainda não são uma prioridade para o governo, embora sejam catalisadoras de mudanças sociais, econômicas e políticas.            Na sociedade, a educação é uma condição de existência para a cidadania. Ser cidadão é possuir autonomia social, garantindo a manutenção da liberdade e igualdade dos indivíduos. As noções de cidadania oriundas da família devem ser reforçadas na escola, buscando uma vivência conceitual prática onde os estudantes se percebam como potenciais construtores de uma sociedade melhor. Para que isso aconteça, segundo o filósofo Gilles Deleuze, o professor deve estar inspirado e entusiasmado  com o ofício.                O crescimento econômico brasileiro pode ser alavancado com a otimização dos investimentos na educação básica. De acordo com estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil não distribui de maneira adequada os recursos para o setor educacional, investindo mais em educação superior e menos em educação básica.                Na política, ocorrem incoerências na gerência dos recursos, pois os cortes governamentais são realizados mesmo quando os índices educacionais apresentam bons resultados. Ao priorizar a construção de presídios e não de escolas, o estado quebranta a cidadania, a produtividade e o crescimento econômico.                  Portanto, para que a mudança oriunda da educação seja efetiva, faz-se necessário: investir na formação do professor, tornando-o um pesquisador para mantê-lo inspirado e entusiasmado, isso pode ser conseguido através de parcerias com universidades; equilibrar a disponibilização de verbas e priorizar a construção de escolas. Nesse sentido, aprender será a mudança e a garantia de um futuro mais cidadão.