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Enviada em: 15/07/2018

Precisa-se de jovens na política  No final dos anos 80, os jovens, diante da corrupção, violência nas ruas e falhas na educação, cantaram "Que país é esse?", música dos também jovens da banda Legião Urbana. Atualmente, o rap nacional também questiona tais problemas, demonstrando que a juventude continua preocupando-se politicamente e socialmente. Contudo, com a passagem dos anos, menos jovens parecem participar ativamente na sociedade e nas tomadas de decisões, isso deve-se principalmente a falta dos mesmos na política. Desse modo, fica claro a função do jovem no século XXI, que é a de voltar a habitar a esfera política.  O motivo principal pelo qual a juventude não se interessa na política é por ela ser pós-moderna. Segundo o filósofo Bauman, entre os séculos XIV e XV, o homem vivia a modernidade sólida, na qual os cidadãos sentem-se capazes de criarem um novo futuro e confiarem nas instituições. No entanto, desde a queda do Muro de Berlim, instalou-se a modernidade líquida, caracterizada pela incerteza no futuro e desesperança com o Estado. É nesse último contexto que está inserido o jovem do século XXI, ele reconhece os problemas existentes na sociedade, porém não se vê como um possível agente de mudanças e de melhora.   Além disso, o fato das instituições não estarem abertas para receber os jovens acaba por intensificar a problemática. Numa democracia, da grega antiga até a brasileira dos dias de hoje, se faz essencial a participação de todos os cidadãos, por meio do voto, do debate, entre outros. Entretanto, com a lacuna de jovens no Congresso Nacional e nos partidos políticos, a democracia brasileira mostra-se falha por não estar realmente representando esse grupo social. Desse modo, o Estado tem de abrir espaços para ouvir as demandas da juventude e deixá-la participar na política.  Levando-se em consideração os aspectos mencionados, fica evidente que a função do jovem no século XXI é a de continuar envolvendo-se ativamente na sociedade e nas tomadas de decisões e, para conseguir isso, ele deve ser um agente político, através do voto, filiando-se a partidos e engajando em debates de âmbito regional e nacional. Com essa finalidade, o Estado precisa intervir, criando uma semana nas Universidades e nos ensinos médios das escolas, na qual haverá discussões e workshops com políticos e cientistas políticos sobre a importância da juventude participar politicamente, sendo essa sua função na sociedade atual.