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Enviada em: 21/08/2018

Na década de 80, o movimento estudantil brasileiro se transformou em um importe foco de mobilização social em meio à ditadura militar. O movimento viria a ser conhecido como “Diretas já”, onde os jovens reivindicavam pelos seus direitos de participação politica, como o voto. Porém, alguns, dizem que, a batalha tomada foi em vão, pois hoje a juventude não possui o mesmo entusiasmo, a mesma força de vontade como àqueles do século. A indagação que se faz atualmente é se realmente eles se preocupam com a política ou estou elaborando uma forma de reconstruí-la.    Em primeiro lugar, todas as sociedades se sentem insatisfeitas com a situação política do seu país. No Brasil, em especial, esse descontentamento só cresce devido à crise política, econômica e social que o país vem passando, gerando desinteresse.Na primeira eleição após o término da ditadura, em 1989, os jovens queriam participar, se expressarem através do seu voto, ao contrário do que acontece hoje, da qual se diminuiu o número de adolescentes entre 16 e 18 anos que não votam enquanto não são obrigados. Essa questão, no entanto, é cultural: fomentada dentro das famílias e escolas que preferem ignorar o assunto do que ter discussões críticas acerca do assunto, mas pouco prepara os jovens para a realidade do “ser cidadão”.     Ademais, com a Revolução Tecnológica e a demanda de informações instantâneas há maior implementação da voz da juventude dentro do Estado. Uma geração marcada pelo uso de redes sociais para mostrar a sua participação em diversas esferas da sociedade. Nesse sentido, podemos ver uma juventude engajada e participativa que reivindica, vai à luta, ás ruas, como nas manifestações de 2013 e, mesmo em um contexto diferentes das Diretas e das Primaveras pelo mundo, constrói um novo caminho para superar obstáculos vigentes.    Fica claro, portanto, apesar de aparentemente apática e desinteressada quanto à política, a juventude do século XXI utiliza das ferramentas que tem à disposição para mostrar a força de sua voz. Contudo, ainda há muito a ser feito para que esse engajamento e essa energia sejam aproveitados em prol da nação. É preciso fomentar o debate e tirá-lo apenas das redes sociais e universidades: política é assunto de família e deve ser tratado de maneira saudável, respeitando as diferenças. É de extrema relevância, também, que se ensine na escola como funciona e a importância de participar, enquanto cidadão, da vida política do país, com discussões, palestras e até eleições internas. Sendo assim, que sejamos como Gonzaguinha, que acredita na rapaziada, pois eles buscam a manhã desejada.