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Enviada em: 20/02/2019

A História da participação da juventude na sociedade é antiga, e contribuiu, de forma notória, para a construção de novos valores e das estruturas políticas das nações. De Joana D'arc até Malala Yousafsai, com a última reivindicando melhorias na educação dos jovens do seu país, o Paquistão, o ativismo e o espírito revolucionário dos jovens canaliza as aspirações e angústias da população de seus países. Apesar disso, na atualidade, muitos jovens estão distanciados da esfera social e política de seus Estados, dificultando que as demandas da comunidade encontrem voz junto aos governantes.    Um dos problemas que atingem a juventude no mundo contemporâneo é a desigualdade de acesso à educação. Assim, enquanto uma pequena parcela dos jovens, das camadas sociais mais ricas, recebem uma instrução de qualidade, em escolas particulares, a maioria desses indivíduos está sujeita ao deficitário ensino oferecido pelo setor público, o que dificulta a sua compreensão sobre o mundo que a cerca. Com isso, muitos desses jovens não conseguem acompanhar e questionar, de forma coerente, o funcionamento das instituições públicas, as quais, frequentemente, não atendem às demandas da população.                                                                                                                                                        Seguindo a linha de pensamento de Sócrates, filósofo grego, a vida com reflexão é enriquecida pelo pensamento acerca de valores, objetivos, sociedade, etc. Assim, quando uma pessoa não consegue desenvolver essa atitude reflexiva, está sujeita a reproduzir os preconceitos que recebeu de forma passiva e ser manipulada por outras, as quais usam o conhecimento em benefício individual.     A atual indústria cultural, marcada pela massificação dos costumes, contribui para a criação de uma "sociedade padronizada". Essa realidade, além de incentivar o consumismo, dificulta a formação da diversidade de pensamento entre os indivíduos, principalmente os jovens, por estes estarem em um maior contato com essa indústria, e por apresentarem o seu pensamento autônomo em formação.    Portanto, é necessário que o Ministério da Educação aumente os investimentos na educação pública, para melhorar o ensino destinado aos jovens, por meio, por exemplo, da melhoria da infraestrutura das escolas e da promoção de cursos de capacitação aos professores, como forma de aperfeiçoar a didática destes. Esses profissionais poderiam promover debates sobre temais atuais com os seus alunos, como forma de incentivar a troca de ideias entre estes e a superação de seus preconceitos. Aliado a isso, os pais poderiam ajudar os seus filhos a discernirem as informações transmitidas pela mídia, auxiliando-os a formarem o seu senso crítico. Assim, com a união entre o governo e a sociedade, para colocar essas  propostas em prática, a juventude brasileira poderá desenvolver a sua própria voz, capaz de se conectar com as demais pessoas e transformar a sua realidade.