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Enviada em: 13/04/2019

Os jovens foram responsáveis, no final do século XX, por grandes manifestações que visavam alertar a sociedade sobre problemas de cunho social e político, como ocorreu no Brasil com a formação do movimento dos Caras Pintadas. Entretanto, a passagem para o seculo XXI afetou profundamente o comportamento e a função desse grupo etário no mundo, devido, não só à falta de inclusão nos debates acerca dos problemas da sociedade, como também à grande tendência individualista observada na atualidade.  Em primeira análise, a falta de inclusão dos jovens no enfrentamento de problemas socioeconômicos impede esse público de participar ativamente da sociedade. Nesse sentido, a exclusão sofrida por eles é resultado da ineficiência do sistema educacional em promover a reflexão sobre as adversidades do cotidiano e do sistema político, ao dificultar o ingresso dessa faixa etária no âmbito governamental.   Além disso, o individualismo também pode ser apontado como um dos fatores que impactaram a função do jovem na atualidade. De acordo com a Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman, os indivíduos possuem a tendência de diminuir as relações sociais e centrar a atenção em si mesmo, o que pode desestimular o público juvenil a atuar no garantimento dos direitos da coletividade.  Esse cenário evidencia, assim, a necessidade de combater a tendência individualista da contemporaneidade.  Fica evidente, portanto, que são necessárias mudanças para que os jovens possam cumprir seu papel na sociedade atual. Logo, é imprescindível que a população, em consonância com organizações internacionais, promova a criação de diretrizes educacionais, que desenvolvam a reflexão sobre os problemas do cotidiano, e de diretrizes políticas que facilitem a entrada de jovens nessa área. Outrossim, os meios de comunicação devem elaborar campanhas publicitárias que despertem e estimulem o senso de coletividade do público juvenil.