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Enviada em: 26/08/2019

Diretas já. Caras-pintadas. Manifestação dos 20 centavos. Primavera Árabe. Todas esses movimentos mostram o engajamento e o poder de mobilização dos jovens no Brasil e no mundo. Diante disso, faz-se primordial a utilização dessa força por esse grupo não só para alcançar mudanças no cenário político, mas também para alterar os paradigmas histórico sociais que impedem a formação de uma sociedade justa.            Em primeiro lugar, é necessário ressaltar a luta da parcela jovem da população em defesa pela democracia. Isso porque a não punição dos crimes cometidos pelos governantes põe em risco um grande pilar desse regime: a democracia. À vista disso, a desilusão com o sistema político gera indivíduos cada vez menos resignados e mais dispostos a utilizar dos seus próprios meios para demonstrar suas insatisfações, sendo um grande exemplo, o ativismo pelas redes sociais.       Além disso, há o crescimento de outras causas defendidas pelos jovens e que visam a desconstrução de padrões socioculturais. Padrões esses que são resquícios de um mundo escravista, machista, homofóbico e que, como forma de ratificar todos esses aspectos, valia-se da violência. O combate a essas mazelas e a conscientização dos indivíduos desde cedo fazem com que crie-se cidadãos cada vez mais conscientes, pois, como Machado de Assis afirmou, "o menino é o pai do homem", ou seja, cada adulto carrega em si um pouco da criança que foi.             Fica clara, portanto, a importância dos jovens para dirimir problemas que assolam a sociedade. Em primeiro plano, o Ministério da Educação deve propor ensino político (apartidário) nas escolas para criar cidadãos que saibam seus deveres e lutem pelos seus direitos. Além disso, organizações não governamentais, aliadas à mídia, podem ressaltar a importância das causas sociais, como o feminismo e a defesa dos homossexuais, por meio de comerciais e palestras, a fim de que as crianças cresçam e possam lutar também por elas. Somente assim poderemos desfrutar de uma sociedade mais digna e igualitária.