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Enviada em: 27/10/2017

Em sua música "Tempo Perdido", Renato Russo discorre, metaforicamente, sobre a pressão que a juventude de sua época sofria. Semelhantemente, a juventude pós-moderna também sofre com os padrões impostos pela sociedade e, quando esta tenta fazer algo em prol do seu país , é barrada pela falta de autonomia política.                                      A princípio, Renato Russo aborda em sua música que a juventude "tem todo o tempo do mundo". Porém, a sociedade e, principalmente a família não deixam os jovens aproveitarem sua juventude, ou seja, estas exigem que estes já saiam do Ensino Médio com uma profissão definida, que trabalhem e sejam bem sucedidos, como se essa fosse a função do jovem: Tem uma profissão de prestígio e ser bem sucedido.                                          Posteriormente, alguns jovens até tentam mudar o cenário do Brasil. Todavia, quando vão as ruas "lutar" por seus direitos, são abafados pelo governo. Isso ficou evidente nos protestos do movimento "Vem Pra Rua" em 2013, onde centenas de jovens que eram contra o aumento do preço da passagem de ônibus, foram reprimidos e por policiais. Ademais, devido a essa pressão social , a maioria dos jovens tornou-se individualista. Sob o mesmo ponto de vista, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, em sua obra "Modernidade Líquida", que o individualismo é uma das principais características - e o maior conflito - da juventude. Logo, para acabar com esse conflito, os valores subjetivos e objetivos de cada jovem brasileiro devem ser ouvidos para que haja uma consciência política coletiva.                   Infere-se, portanto, que o governo federal  crie projetos  em parceria com o Ministério da Educação, que vá até as instituições de ensino ouvir a opinião dos jovens à respeito da política e cultura do seu país, pois, como dispõe o Estatuto da Juventude " É papel do governo garantir a valorização e a promoção da participação social e política dos mesmo." Outrossim, a família não deve pressioná-los , para que estes não se sintam reprimidos, logo, deve haver dialógo e compreensão por parte dos país para a construção da identidade dos jovens brasileiros do século XXI.