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Enviada em: 22/02/2018

Celular, internet, redes sociais. Essa é a corriqueira rotina daqueles que são nascidos em meados dos anos 90 até os 2000. É a famigerada Geração Z, uma geração conectada e ágil,  que destaca-se por sua notória capacidade multitarefa. Isso porque possui um instigante caráter ambivalente, ora marcada por grande poder de transformação social, ora pela inércia comportamental.       Em primeiro lugar, antes de tudo, cabe salientar os aspectos positivos da juventude contemporânea que influi no meio social em que vive. Segundo uma pesquisa da Millenial Branding com jovens dos EUA, 76% dos entrevistados gostariam de participar de algum tipo de ONG e outros 76% estão preocupados com as mudanças climáticas. Tais apontamentos evidenciam que esses indivíduos estão em sintonia com a mudança mundial e apresentam uma consciência social diferente, pautada no altruísmo. Um exemplo que ilustra esse fato, foram as manifestações de junho de 2013 que ocorreram no Brasil. Milhares de pessoas, majoritariamente jovens, protestaram por melhores condições na educação, saúde e na política.       Por outro lado, a natureza apática desses indivíduos desaponta em certos aspectos. Ao utilizar o  conceito de Modernidade Líquida do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, vive-se hoje uma época artificial, de liquidez nas relações humanas, onde a busca por prazeres individuais sobrepõem ao coletivo. Dessa forma, imediatistas e egoístas, a juventude pouco engajada afasta-se de grandes processos inovadores fazendo com que as melhorias retardem. A Espanha, por exemplo, experimenta essa amarga consequência no âmbito político,  visto que o Centro de Informações Sociológicas, o Partido Popular (PP) passou de 30,2% de apoio juvenil para 4,3% nas eleições gerais.         Mediante os fatos supracitados, fica claro, portanto a função e também os impasses do jovem no presente século. Por isso, é necessário que a escola em parceria com o Ministério da Educação através de palestras, práticas e debates, instrua e empodere desde já os pequenos a lutarem e a defenderem suas ideias e direitos para contribuir com mudanças em seu grupo social. Além disso, é importante que o Ministério da Cultura ofereça subsídios a ONGs e projetos para permitir o engajamento de jovens em questões sociais, bem como oferecer oportunidades por meio de fóruns, plebiscitos e congressos para expressão de pensamentos a fim de cativar esses para a discussões políticas. Só assim, consoantes tais medidas, os avanços sociais serão mais plenos e os cidadãos poderão honrar a máxima de Gandhi ao serem a mudança que querem ver no mundo.