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Enviada em: 25/10/2017

É incontrovertível a habilidade do jovem de lutar por seus direitos. Quando há uma situação que fere tais direitos, ou que lhe tire a liberdade, age com maestria e não poupa esforços em manifestações. Viu-se tal capacidade no contexto da Primavera Árabe, em 2010, quando um jovem ateou fogo no próprio corpo, marcando um evento que abalou a população de todo o país e que fomentou a concretização da revolta popular.  Nesse sentido, para que o pronunciamento do jovem seja consistente em decisões políticas e sociais, a educação e a isonomia são dois pilares da sociedade que devem obter atenção máxima.      Tomando como exemplo a reforma no ensino médio, proposta em 2016, é de extrema importância que o setor político se interesse pela opinião do estudante, e assim coloque-o em uma posição de destaque nos debates sobre o assunto. Visto que os jovens estudantes compõe a parcela da população mais beneficiada ou prejudicada por essa reforma. Contudo, a educação, como base da sociedade, deve ser eficiente para que possa formar cidadãos que tenham direcionamento crítico, não sejam alienados nos assuntos e saibam debater as propostas que lhe apresentarem.     Seguindo essa linha de raciocínio, é necessário analisar quais jovens são privilegiados e podem ter voz nas manifestações por seus direitos. A Constituição Federal, de 1988, dispõe em seu artigo 5º, o princípio da igualdade perante a lei. Consequentemente, as classes menos privilegiadas também devem ser assistidas, e possuírem o direito de se expressar e mostrar sua realidade, a qual tem oportunidades díspares daquelas mais privilegiadas economicamente, logo socialmente.    Com base nisso, torna-se necessário a ação imediata por parte das escolas e universidades quanto ao incentivo à educação, proporcionando aos alunos um ensino que estimule o senso crítico por meio de debates saudáveis em sala de aula. Além disso, cabe ao Estado criar um grupo representado por jovens das diferentes classes sociais, na política, para que possa ser colocado em pauta as necessidades que abrangem a todos.