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Enviada em: 26/10/2017

Relativo à função do jovem no século XXI, é válido salientar que sua maior contribuição para a sociedade vem sendo o engajamento político deles na sociedade, que é algo que vem ocorrendo desde meados de 1930, com protestos contra a ditadura varguista. O problema é que essa crescente participação da juventude não vem acompanhada de uma maior representatividade deles no Parlamento.    Durante todo o século XX e também agora no século XXI, existiram grandes momentos de luta juvenil, como por exemplo contra a ditadura civil-militar instaurada em 1964 e a corrupção em 2013. Além disso foram muito importantes nas manifestações à favor das Diretas Já em 1984 e também no impeachment do presidente Collor, no movimento dos Caras Pintadas no ano de 1992.    Entretanto, tudo isso não foi o suficiente para inserir uma parcela considerável deles no Poder Legislativo, já que, segundo dados de um Plebiscito realizado em 2015, 40% dos eleitores brasileiros tem entre 16 e 35 anos, porém, apenas 3% das pessoas dessa faixa etária estão no Congresso Nacional. Dessa forma, esses indivíduos ficam com pouco representatividade para que se possam realizar medidas, principalmente na educação e nos empregos, para sua classe.    Outro aspecto a ser considerado é que mesmo a parcela de jovens sendo baixa na Câmara e no Senado, o número daqueles que representam de fato os interesses da juventude é ainda menor. Pois, muitos daqueles que representavam a velha política, por estarem com suas imagens já saturadas, acabam colocando parentes próximos de idade menor para dar a impressão ao povo de renovação, quando na verdade eles seguem a mesma linha ideológica conservadora.    É necessário, portanto, que os partidos políticos ampliem suas alas jovens e incentivem a filiação e candidatura política deles, principalmente aqueles de classes menos abastadas, para que assim leve a discussão para as câmaras legislativas e as reivindicações dessa classe possam de fato serem atendidas com maior efetividade.