Materiais:
Enviada em: 26/10/2017

Na década de 1990, o movimento dos Caras Pintadas, composto majoritariamente por estudantes, protestou a favor do impeachment do presidente Fernando Collor, acusado de corrupção. Durante a história, a juventude sempre adotou uma postura questionadora das estruturas vigentes. Dessa forma, estimular essa parcela do povo à participação ativa nas questões atuais é vital para garantir alterações na sociedade contemporânea.   Em primeira análise, precisa-se encarar tal faixa etária com seriedade. Devido à pouca idade e à inexperiência, muitos consideram que os jovens são incapazes de propor soluções eficazes e acreditam que esses devem se subordinar as decisões dos mais velhos. Todavia, o novo olhar desse grupo sobre as organizações política, social e econômica pode representar uma reestruturação nessas. Exemplo disso foi a Primavera Árabe, série de protestos contra regimes autoritários em país como Egito e Síria, que mobilizou jovens por meio da internet.  Entretanto, a participação da juventude na política e nos movimentos sociais é pouco estimulada. Uma vez que o acesso à cultura e à educação no Brasil não se mostra democratizado, dificulta-se o desenvolvimento de uma postura crítica. Ademais, o intenso fluxo de informações e tecnologias e a fragilidade das conexões humanas, características da modernidade segundo Zygmunt Bauman, impõe possíveis barreiras à mobilização dessa camada populacional. Assim, a instabilidade de tempo atual resulta em frustração e acomodação.   Portanto, é necessário que a juventude seja impelida, através de mecanismos educacionais, a participar dos debates atuais. O Governo Federal, através do Ministério da Educação, deve aumentar o número de aulas de filosofia, sociologia e história nas grades curriculares, a fim de que discussões acerca de variados temas aconteçam nas escolas. Além disso, pode também veicular campanhas nas redes sociais sobre a importância da cidadania. Dessa maneira, a nova geração alterará o corpo social.