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Enviada em: 28/10/2017

O advento da internet e consequentemente das redes sociais configuram-se como principal fator para o enjangamento dos jovens frente a questões políticas e sociais. Nesse contexto, deve-se analisar os fatores que ainda dificultam a inserção dessa nova geração nas diferentes esferas sociais.        Primeiramente, cabe destacar o estigma de que o adolescente é um indivíduo irresponsável. Apesar dessa falsa premissa ter sido usada como base para os pilares da sociedade a atual conjuntura mundial está possibilitando a ruptura desse estereótipo, fazendo com que o jovem não seja visto como figura passiva, mas sim como alguém pensante capaz de promover revoluções. Um exemplo disso é Primavera Árabe, ocorrida em 2011, na qual as pessoas que manifestavam e difundiam informações eram jovens com menos de 30 anos, movidos por ideias de igualdade, liberdade e justiça.       Ademais, nota-se que a falta de educação cidadã também é um grande desafio a ser superado. As instituições de ensino ficam muito atreladas em ensinar funções polinomiais, figuras de linguagem e tantos outros conteúdos acadêmicos que acabam esquecendo que a principal função da escola é a formação cidadã. Sob essa ótica, Paulo Freire afirma que a educação deve ir além dos conteúdos teóricos transmitido pelo professor para o aluno, concebendo o processo educativo como primordial para a formação humana.        Portanto, torna-se evidente que reformulação pedagógica e social é primordial  para a atuação consciente do jovem. Os meios de comunicação, através de programas como "Fantástico", por exemplo, devem dar visibilidade ao protagonismo jovial nas questões sociais, visando acabar com os estereótipos construídos. A escola, por meio de círculos de diálogos, deve politizar os estudantes sobre acontecimentos atuais, para que se formem cidadãos menos acomodados e mais críticos. Afinal, os jovens representam o futuro da sociedade, logo, a mudança deve começar por eles.