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Enviada em: 29/03/2018

No século XX, com a escolarização prolongada, o jovem conquista a função de contribuir e ascender no imaginário urbano brasileiro mediante ao seu trabalho especializado. Entretanto, tal marco não se mostra presente no cenário do país, sendo a problemática do abandono do ensino uma realidade ainda evidente. Ademais, outro ímpeto que também urge a necessidade de reconhecer é a ausência da representatividade da juventude na esfera política nacional e no que isso afeta no crescimento profissional dessa camada no século XXI.   Em primeiro plano, vale ressaltar que, de acordo com dados do Instituto Lobo, a evasão universitária se mostrou presente no cotidiano de cerca de 900 mil jovens no Brasil. Dado isso, interpreta-se que o exercício de escolhas imaturas, referente ao curso no qual esses almejam aspirar, revela-se presente uma vez que a mudança de valores da sociedade não transponha a pressão psicológica exercida na vida juvenil.   Além disso, essa parcela não tem oportunidades e direitos assegurados com plenitude, tendo em vista que os os representantes legislativos não exercem os interesses desses indivíduos os quais, segundo dados da Campanha por um Plebiscito Constituinte para a Reforma Política, representam 40% dos eleitores brasileiros. Exemplo disso é o que se passa no Congresso Nacional, onde dentre os atuantes apenas 3% são jovens.   Face às considerações exploradas, cabe ao Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, por meio de alterações na carga horária, a implementação do ano sabático, ainda no ensino médio, como ocorre nas instituições de ensino norte-americanas, objetivando fornecer o período de 1 ano aos alunos para que possam conhecer a respeito das profissões e anseios pessoais. Ainda, compete à mídia abordar nas novelas e propagandas as consequências negativas que a sobrecarga familiar pode gerar, no que tange ao psicológico desses indivíduos, trazendo para o cotidiano do núcleo familiar a problemática abordada. Outrossim, da comunidade organizada, espera-se a disponibilização de coletivos e debates nas escolas a fim de resultar o engajamento político do corpo discente, fomentando o incentivo de uma maior parcela ingressante no meio público. Só assim será possível a construção de um Brasil condizente com a plena função que o jovem deve adotar, conforme demonstrada nas Manifestações de Junho de 2013 no país.