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Enviada em: 05/04/2018

A juventude representa uma camada social de relevante histórico político, com a grande participação desse grupo em lutas e reivindicações sociais ao longo de diversos contextos históricos e culturais. Atualmente, com o avanço da tecnologia e comunicação de massas, o jovem pode se fazer onipresente nas questões do mundo atual. No entanto, apesar de novos mecanismos facilitarem a integração social dessa camada, a participação política do jovem no Brasil é ineficiente.          A pouca expressão política da juventude atual é, em grande parte, culpa do pouco incentivo por parte do Estado e sociedade a politização desse grupo. De acordo com o escritor e jurista brasileiro Ruy Barbosa, é preciso que o indivíduo defenda seus direitos para tornar-se digno deles. Nessa lógica, é fundamental que o jovem se engaje á respeito dos processos políticos acerca da manutenção e criação de direitos que garantam seus interesses.O cenário atua brasileiro, todavia, não oferece as ferramentas necessárias para a conscientização e, posteriormente, atuação do jovem na vida pública.      Um outro fator a ser considerado é o advento das redes sociais. Durante o período da Ditadura Militar no Brasil, jovens insatisfeitos com  repressão e censura do regime se uniram em grandes movimentos contra o sistema. Hoje, embora as plataformas digitais permitam a integração do usuário com o mundo que o cerca, a avalanche de causas e informações, por vezes falsas, presentes na redes, para além do conforto dos "protestos online", resultam na confusão política dessa população. É preciso de que os cerca de 90% dos jovens brasileiros, que estão presentes na rede segundo levantamento da TIC Kids Online Brasil, sejam capazes de unificar as pautas da luta juvenil como em 1964.       Considerando os impasses, o Ministério da Educação deve implantar grupos de debate nas instituições de ensino do Brasil. Nestas, ao menos uma vez por mês, um representante político do município em questão deve comparecer e conduzir um debate sobre temas e problemáticas atuais, estimulando o interesse e senso crítico do jovem a respeito do assunto e permitindo a expressão de suas reivindicações. Já o jovem deve ser capaz de fazer um bom manuseio de suas redes, checando a veracidade das notícias compartilhadas com a verificação de fontes e levando seu discurso para fora das redes através da organização de manifestações e reuniões de cunho social. Contribuindo, dessa maneira, para uma geração mais ativa no que diz respeito ao bem estar coletivo.