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Enviada em: 09/08/2018

A obra "o navio negreiro", de Castro Alves, demonstra o arranjo social, no advento das navegações ultra marítimas, no qual o escravismo estava ligado à cor da pele negra. Contudo, é possível afirmar que este mal ainda é uma chaga enraizada no âmbito social brasileiro. Se por um lado, a autonomia de alguns indivíduos esta sujeita ao racismo; por outro, as deficientes ações antrópicas nos ambientes laborais retardam a resolução dessas óbices.     O darwinismo social é o transgressor imiscível que prepondera uns em detrimento de outros. Haja vista, a abolição da escravatura há 100 anos, esta não foi efetivada com sucesso, porque, segundo uma pesquisa realizada pela fundação "Walk Free", cerca de 160 mil pessoas vivem em condições análogas à escravidão no Brasil. Com efeito, o cativo é coagido a encarar a discriminação e o preconceito por seu fenótipo, sendo este inferiorizado pelo homo sapiens que ainda não evoluiu perante o seu tempo. Estas práticas ferem os direitos do homem e do cidadão, bem como o artigo 3° da constituição cidadã, que prever uma sociedade livre, justa e solidária, demonstrando o quão incautos ainda são alguns indivíduos.     Outrossim,  a falta de fiscalização  contribui para condutas ilícitas de trabalho, principalmente nas áreas longínquas do setor primário. Atrelado a obra "o germinal" de Émile Zóla, é vigente que pessoas são submetidas a trabalhos degradantes, imersos em condições insalubres, expostos a demasia de fadigas e doenças, recebendo uma insignificante remuneração (quando recebem). É o Paradoxo do mundo moderno que consolidou as leis trabalhistas, mas, que ainda é ríspido em práticas costumeiras, quando não são visualizados pelos órgãos competentes, corroborando a tese de Hobbes: "o homem é lobo do homem".      Destarte, o preconceito racial somado a ausência da realização da CLT são as incógnitas a serem resolvidas na questão. Para isso, o Ministério dos direitos humanos, através de fundos da ONU, deve criar um "disk" denuncia anonimo no intuito de encontrar casos de racismo, e dar suporte psicológico as vítimas,e, com o apoio da mídia, veicular campanhas de combate a essas práticas. Bem como, o  MEC deve promover palestras sociológicas e de legislação básica atual nas escolas todos os meses para contribuir com a formação dos adolescentes sobre os direitos e deveres cidadãos. Ademais, o Ministério do Trabalho, pela intercessão dos sindicatos e da pastoral da terra, com fundos do Ministério da fazenda, deve criar postos de fiscalização perto das ruralidades para observar e punir os infratores das CLT. Só assim, portanto, poder-se-á conseguir um futuro digno e promissor, a fim de que todos os homens sejam respeitados como indivíduos.