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Enviada em: 17/10/2018

Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade funciona como um corpo biológico em que o mau funcionamento de uma das partes provoca um colapso total. Paralelamente a isso, no Brasil ainda encontramos pessoas com preconceito racial e que aderem como normalidade a prática colonial brasileira de escravização das pessoas, contribuindo para a formação de uma sociedade mais injusta. Portanto, é necessário que, através da educação contrária ao preconceito e do compromisso do Estado em punir os escravizadores, os brasileiros se conscientizem, visto que esse problema seja atual conquanto tenha arraigados fatos históricos com consequências pautadas no socioculturalismo.     Em primeira análise, historicamente inferindo, a escravidão no Brasil começou em 1500 com a chegada dos portugueses, que consideravam os indígenas uma raça inferior devendo ser catequizada pelos jesuítas, sendo obrigados a deixarem sua cultura e costumes pelos de Portugal. Junto a isso, alguns anos depois, começou a escravidão dos negros no Brasil, contribuindo mais para a disseminação do preconceito e da idealização da supremacia branca. Dessa forma, não só no passado como também na contemporaneidade, os três séculos de escravidão passados pelo Brasil, deixaram uma herança de desigualdade social que perdura até os dias de hoje. De fato, a população negra ainda é marginalizada  e para algumas pessoas sua competência está ligada a cor, sendo levadas como menos capazes de conseguir vagas de emprego, por exemplo, quando disputam com brancos.    Ademais, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, que conceitua a atual era como a era da modernidade líquida, em que as relações interpessoais se deterioram e o egoísmo tona-se exacerbado junto a sociedade capitalista, visando lucro a qualquer custo, mesmo que isso signifique escravizar alguém sem se importar com o seu direito à liberdade, contribui para a perpetuação de práticas escravistas. Com efeito, de acordo com a emissora BBC, o Brasil tem atualmente 115 mil pessoas em estado de escravidão, sujeitadas a situações humilhantes de trabalho, sem direitos trabalhistas, sendo exploradas de forma abominável pelos patrões.     Destarte, é necessário que haja uma reeducação da população e um compromisso do Estado em condenar os escravizadores. Para isso o Ministério da Educação em coadunação com o Ministério da Segurança Pública, devem garantir, respectivamente, o ensino sobre a igualdade racial nas escolas e o aplicamento das leis contra escravidão do Código Penal Brasileiro. Agindo por meio de professores que ensinem sobre a importância do respeito racial e que sua cor não determina sua capacidade. Além disso, usando as forças policiais para que a escravidão contínua no Brasil seja investigada e os responsáveis descobertos e punidos pela justiça brasileira, garantindo a todos o direito à liberdade.