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Enviada em: 29/10/2018

O Brasil viveu um período de escravidão que durou 300 anos, tendo sido o último país da América Latina a alcançar a abolição da escravatura. Um dos motivos para que os proprietários rurais fossem fortemente contra a abolição era o prestígio social que eles obtinham. Atualmente, esse prestígio ainda evidencia-se entre a sociedade branca, pois para a sociedade negra restaram as favelas e os trabalhos extremamente desvalorizados    Em 1888, após a abolição da escravidão, os ex-escravos foram abandonados à própria sorte. Tal fato fez com que muitos preferissem continuar vivendo com seus senhores, vendendo seu trabalho braçal e em péssimas condições em troca de sua sobrevivência.     Ademais, os ex-escravos que decidiram tentar a sorte, quando não acabavam às margens da sociedade, ficavam com empregos de baixo valor como ambulantes, artesãos, empregadas domésticas e quitandeiras, como Bertoleza, escrava no livro "O Cortiço". Assim surgiram os cortiços e consequentemente a ideia de que os negros só servem para trabalhos braçais e/ou de pouco valor.     É possível concluir, portanto, que o combate à herança deixada pela escravidão deve tornar-se cada vez mais efetivo, uma vez que ainda há enormes privilégios realçados para os brancos em relação aos negros. Sendo assim, cabe aos governos dos Estados a integração dos negros em empregos que melhorem sua situação, através de uma verdadeira análise de sua capacidade sem preconceitos, tal como campanhas que incentivem a inclusão dos negros na educação de qualidade para que estes consigam ir atrás de seus objetivos sem concorrências desleais. Assim, a sociedade tornar-se-á um órgão hegemônico, sem distinções causadas pela cor da pele.