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Enviada em: 13/02/2019

Na época do Brasil Colônia, que teve início no século xv|, os portugueses trouxeram da África negros para usar de mão de obra escrava em seus engenhos e minas. Hodiernamente, no século xx|, mesmo após o fim da escravidão o país ainda sofre, infelizmente, com a segregação racial. A persistência do preconceito velado e a falta de ações governamentais consistentes, são as principais características da sociedade brasileira que precisam ser mudadas a fim de resolver essa inercial problemática.    Primeiramente, o racismo velado no país ocorre desde a assinatura da abolição da escravatura. Nesse período os afrodescendentes foram teoricamente livres, contudo não houve políticas que os integrasse à sociedade, fazendo com que fossem marginalizados e obrigados a migrar para os morros, formando o que hoje se conhece como comunidade, sem qualquer auxílio de moradia, saúde, educação ou segurança. Dessa forma, fica evidente que tudo isso corroborou à segregação ainda vivenciada no Brasil, e por isso é necessário superar essa ideia, errônea, de que os negros são menos capacitados para a ascensão social que qualquer outra raça, e reconhecer que o peso histórico-social que eles carregam influenciam na divisão de corpo social que temos hoje.     Ademais, as ineficazes políticas que visam resolver o impasse, somado as fracas punições para crimes de racismo, são mais uma das razões para o problema. É inegável que com o tempo leis foram elaboradas, consequentemente, melhorando essa divisão, contudo, não se mostram suficientes, tendo em vista que ainda não se encontra muitos negros e pardos ocupando camadas elitistas do país. Também é uma realidade, a cultura de relacionar o preto ao crime, causando diversas perseguições policiais e prisões injustas, impulsionadas apenas pelo preconceito dessa cultura. Assim, mostra-se imprescindível a construção de políticas rígidas que punam crimes de ódio contra essa parcela da população, de modo que os cidadãos entendam que racismo é algo sério e inaceitável pela justiça.    Destarte, ainda há entraves para a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Dessa maneira, urge que o Ministério da Educação divulgue nas escolas cartilhas que informem do processo histórico que levou a essa distinção de raça no Brasil, e promova debates sobre o assunto em sala de aula, de forma a quebrar esse preconceito. Pois, de acordo com o ex presidente da África do Sul e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Nelson Mandela: "Ninguém nasce odiando outra pessoa. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinados a amar". Outrossim, o Poder legislativo deve criar leis mais rígidas para o crime de racismo, seja ele cometido verbalmente ou fisicamente, e o poder judiciário puna devidamente esses criminosos, de modo que vejam que suas ações de ódio tem consequência, e não são mais toleradas.