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Enviada em: 21/04/2019

No final do século XIX, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, cuja função seria libertar todos os escravos. Entretanto, regimes parecidos com a escravidão permeiam até a atualidade, beneficiando o meio empresarial e adjacentes. Desse modo, cabe analisar a falta de cumprimento das leis trabalhistas existentes, assim como a falta de opção do trabalhador de escolher um emprego que ele não se submeta a condições extremas.       Diante desse panorama, primeiramente, vê-se que a violação das leis trabalhistas existentes favorecem os donos das empresas. No bloco econômico Nafta, cujos membros são os Estados Unidos, México e Canadá, a instalação das indústrias maquiladoras estadunidenses no território mexicano visando a mão de obra abundante e barata presente no local, suscita  num grande corte de gastos para os investidores. Já no Brasil, ocorre o mesmo processo, entretanto, as indústrias brasileiras procuram lugares vantajosos no próprio território nacional, como as regiões Norte e Nordeste, que possuem baixa fiscalização governamental sobre as condições dos trabalhadores em seus empregos. Dessa forma, é inquestionável que a negligência do Estado com o trabalhador ajuda na permanência do problema.       Outrossim, a grande onda de demissão que o Brasil passa, aumenta a probabilidade de regimes semi-escravocratas serem intensificados. Segundo o pensamento Marxiano, o medo cala os inocentes. Desse modo, os trabalhadores temem o desemprego e, assim, se vêem obrigados a aceitarem as longas jornadas de trabalho, locais insalubres e trabalhos forçados capazes de afetar a saúde física e mental dos cidadãos. Logo, é irrefutável que o silêncio dos trabalhadores ocorre pela preocupação em não poder sustentar suas famílias e ainda, por saberem que será difícil  encontrar outro emprego.       Portanto, medidas são necessárias para resolver a herança da escravidão no Brasil. Em primeiro lugar, o Ministério do Trabalho deve desenvolver um site de denúncias anônimas para que os trabalhadores relatem casos de semi-escravidão em seus empregos e, por meio disso, as empresas seriam identificadas e fiscalizações mais intensas iriam acontecer. Ademais, devem ser promovidas pelo MEC, palestras abertas aos pais que abordem a problemática, para que os mesmos vejam se estão passando por situações abusivas no trabalho e, por meio do site, possam ser realizadas as denúncias. Dessa forma, é indubitável que haverá diminuição dos trabalhos abusivos no Brasil.