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Enviada em: 29/03/2017

A história do Brasil inicia com a escravidão de negros a todo vapor, pois os portugueses traziam os africanos para trabalharem nas plantações de cana-de-açúcar. Sendo que estes trabalhavam e viviam em péssimas condições, durante 338 anos a ideia de trabalho obrigatório e compulsório foi cultuada em nosso país. Porém, mesmo com a Lei Áurea os brancos tinham negros em suas casas para efetuarem os trabalhos mais pesados, a grande questão é que essas ideias ainda perpetuam em nossa sociedade.    Nós vivemos em um país onde é extremamente natural a elite possuir empregadas domésticas (na maioria das vezes são mulheres negras) para cuidarem de uma casa que nem se quer é dela, enquanto a família que a contratou não se preocupa com os serviços domésticos. Essa naturalidade acontece por conta das escravas domésticas (elas cuidavam das casas dos senhores), ou seja podemos perceber que a ideia de empregas domésticas veem do período escravocrata brasileiro, essas mulheres somente foram possuir direitos trabalhistas no Brasil em 2015, mais uma vez compreendemos a pouca importância dada por anos a esse serviço no país.    Podemos colocar em pauta também a questão social que a escravidão trouxe para a sociedade brasileira, sendo ela: os negros quando livres foram viver nas regiões que não eram ocupadas pela elite do país, entretanto essas áreas foram (são) negligenciadas pelo governo. Essas regiões das cidades por conta do desprezo do Estado ficaram muitos anos sem saneamento básico, sem acesso a educação e a saúde de qualidade, obviamente tal situação gerou uma certa desigualdade social no país. O negro tornou-se livre, mas sem muitas condições para sobrevivência, por conta de todo esse contexto muitos dos escravos prefiram continuar nas terras do senhor trabalhando de forma compulsória e mal remunerada.      Diante dos fatos apresentados, medidas precisam ser tomadas para a herança da escravidão ser combatida. Para isso, o Ministério do Trabalho precisa fiscalizar de forma mais eficiente os latifúndios e juntamente com os governos dos estados brasileiros melhorar as condições de vida das periferias do país. Também é importante que a população pobre, principalmente negra, por meio de organizações não governamentais lute pelos direitos necessários para sobrevivência, essas reivindicações devem ocorrer por meio de manifestações nas ruas das grandes cidades brasileiras.