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Enviada em: 25/05/2017

Racismo:um paradoxo brasileiro     O preconceito racial está presente na sociedade brasileira, um fato paradoxal, visto que, é um país miscigenado, formado, principalmente, por negros. No entanto, a maioria da população afirma que é contraria a qualquer prática de racismo. Sabe-se que a escravidão deixou mazelas na construção sócio-histórica do Brasil e, assim como um ferimento profundo, necessitam de tempo para cicatrizarem.    Não há como apagar esse momento,pelo contrário, precisa ser relembrado e refletido; como declarou George Santayana “Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”. O preconceito racial é histórico, devido a esse período é que os negros passaram a ser marginalizados. Apesar da conquistas adquiridas, ao longo do tempo, eles ainda precisam lutar pela igualdade e convivem com a falta de oportunidades. Seria ingênuo afirmar que negros e brancos têm chances iguais, teoricamente sim, mas é sabido que na vivência o branco tem mais privilégios.      De acordo com dados do IBGE (2016) os negros possuem maior taxa de desemprego, recebem remuneração inferior e ocupam cargos de menos prestígio. Ademais é inegável que, na disputa de uma vaga, o branco obtenha preferência, mesmo que o candidato negro seja tão ou mais qualificado do que o concorrente caucasiano. Outro fator de destaque está relacionado às profissões: quantos médicos negros são vistos? E negros trabalhadores de serviços informais ou gerais? Obviamente não é uma coincidência e sim resultado do processo de constituição da sociedade.    É necessário, além da conscientização da existência do problema, o entendimento de que todo brasileiro é negro, para tal esclarecimento podem ser promovidas campanhas (governamentais, publicitárias, escolares), bem como com a criação de cotas raciais para empresas e ainda mais leis do que as já vigentes, gerando oportunidades aos negros e, dessa forma, oferecer condições de modificar as estatísticas.