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Enviada em: 19/09/2017

Em decorrência da colonização brasileira, a superexploração do trabalho é inerente à historicidade do país. No entanto, as condições análogas à escravidão caracterizam uma grande parcela da cadeia produtiva nacional ainda na atualidade. Dessa forma, a herança precária à que os trabalhadores são subalternos manifesta-se ativamente no cenário econômico do mundo moderno. Logo, a dinâmica empresarial em virtude da lucratividade viabiliza a semelhança escravocrata na sociedade brasileira do século XXI.          À vista do processo de industrialização nacional do governo varguista, a ascensão do setor secundário transformou o funcionamento das relações de trabalho. Ademais, o impacto da globalização na economia implica a busca pela mão de obra barata, o que corrobora na competição da força produtiva dentro da própria classe trabalhadora. Consequentemente, a alienação desse grupo é facilitada na medida em que o desemprego surge como um dos maiores problemas urbanos da sociedade atual.         Para além dessa premissa, a lógica das multinacionais elege os países emergentes para a maior lucratividade em razão do baixo custo. Nessa perspectiva, "a atividade de consumir tornou-se o ponto principal da existência humana", afirmado por Nestor Canclini. De maneira análoga, a busca pelo excedente da produção estabelece os fatores que o viabiliza. Por isso, a precariedade das condições de trabalho evidencia a estratificação social, observada na passividade dos indivíduos submetidos a elas.       Portanto, a fim de erradicar a herança da escravidão na sociedade brasileira do século XXI, é preciso que o Estado e o setor empresarial contribuam. Para isso, o Governo Federal deve reforçar as leis trabalhistas de proteção às condições dos funcionários. A favor dessa medida, é eficaz a fiscalização de pequenas e grandes empresas por meio de visitas frequentes aos locais de serviço. Por fim, o empresariado é responsável por manter-se dentro das normas estabelecidas pelo sindicato trabalhista.