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Enviada em: 01/04/2018

A passagem para a idade contemporânea no século das luzes “iluminou” diversas áreas, entre elas as sociais, políticas e econômicas. Entretanto o trabalho escravo continuou na escuridão da Idade Antiga, Média e Moderna. Apesar de ser considerado crime, o trabalho análogo ao escravo existe na sociedade brasileira, através do trabalho forçado, jornadas exaustivas, servidão por dívida e condições degradantes. Embora não apresente o caráter colonial e antigo e esteja com uma nova face é um problema que precisa ser resolvido.        É primordial ressaltar que a sociedade capitalista é palco para esse problema, pois a busca pelo acúmulo de riquezas faz com que os operários tenham extensas jornadas de trabalho e baixos salários a fim de que gerem lucros para os seus patrões, evidenciado no documentário “O mundo global visto do lado de cá”, do geógrafo Milton Santos. Isso em conjunto com a má fiscalização na sociedade resulta na manutenção de um trabalho explorado, pois sem as fiscalizações não tem como detectar o epicentro do problema e por isso não pode ser resolvido, apesar da existência da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que garantem o direito do trabalho.        É elementar que se leve em consideração que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer essa exploração. Sua existência é considerável no campo social brasileiro, cerca de 160 mil trabalhadores vivem nessa situação. É lícito referenciar o filósofo Confúcio “Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros”, ou seja, embora o Brasil tenha sido pioneiro no reconhecimento dessa grave falha, as estatísticas mostram que existe um grande caminho a ser percorrido, pois menos da metade das pessoas que viviam nessa situação foram libertas em mais de uma década, mostrando que o Brasil comete novos erros, pois não se faz cumprir as leis trabalhistas, assim como não foi cumprida a Lei Áurea.         Com essas constatações, evidencia-se que medidas são necessárias para resolver o problema. Para isso, o Ministério do Trabalho e Emprego em parceria com o poder Judiciário podem promover postos de denúncia a essa exploração a fim de que se torne mais fácil e mais eficiente o processo de denúncias para as fiscalizações. Mas também, a mídia, como quarto poder vigente, pode instaurar debates críticos e ideológicos em horário nobre para a “iluminação” da sociedade, para assim, influenciar os pensamentos e contribuir para o aumento no número de denúncias. Destarte o problema seria minimizado.