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Enviada em: 06/05/2018

Na metade do século XIX, período posterior a grandes acontecimentos nacionalistas na Europa como a revolução francesa e as revoluções inglesas, as Américas recebiam doses intensas de nacionalismo. Tangenciando a questão, estavam a ponto de formar uma corda dentro dessa circunferência. O romantismo, escola literária dessa mesma época, deu voz aos desejos de liberdade no Brasil, desprendendo o país de modelos tão europeizados em uma busca de identidade existente até os dias atuais.       O Brasil se tornou a união de todos e tudo aquilo que continha. Durante o período colonial, é certo que a dificuldade de autonomia era imensa, mas os românticos cortaram a espera e a primeira geração do movimento retornou aos índios com ternura para que, assim, soubessem o que eles mesmos deveriam ser. E, apesar do mal do século durante a segunda geração, não puderam fechar os olhos para a escravidão, fechando o período literário com intensas críticas sociais.  Assim, fez-se o primeiro indício de cultura brasileira: a valorização do interno, o culto ao nacionalismo, a mistura. Entretanto, diante dos anos passados e do esquecimento desse início, hoje a cultura se dispersa, deixa de fora, prioriza e diferencia.        A sociedade atual eleva ao último degrau preferências específicas, não levando em consideração que a formação social demanda de peculiaridades individuais e a conciliação dessas, sendo resultado de uma divergência das diversas condições socioeconômicas de um mesmo local. Por isso, a questão faz-se não pela necessidade de união, mas por respeito perdido e falta de inserção de culturas onde a própria comunidade é desfavorecida. Perderam-se os fios entre o branco, o negro e o índio no mesmo momento em que o nacionalismo não se tornou sinônimo de inserção social.       Portanto, em detrimento da analise histórica e social dos fatos, a inserção é não só importante como necessária, uma vez que culturas advindas de camadas sociais mais baixas são, ainda, alvo de preconceito. As escolas e universidades brasileiras, como instituições decisivas na vida de um indivíduo, têm como dever inserir e explorar as diversidades culturais, de forma a complementar o papel da família em se tratando do entendimento de respeito, sem o objetivo de orientar as escolhas, e sim de moldar futuros profissionais e cidadãos mais respeitos para que não se esqueçam da luta de independência e da constante busca de identidade que sempre se perde ao esquecerem do passado.