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Enviada em: 24/10/2018

No livro "o triste fim de Policarpo Quaresma", do autor Lima Barreto, retrata-se a figura de um homem nacionalista que, pretendendo preservar e valorizar a cultura do país, acaba internado e, posteriormente, assassinado. Sob tal ótica, hodiernamente, a cultura brasileira ainda apresenta-se bastante desvalorizada, motivado pelo frágil modelo de educação, bem como pela histórica ignorância social.   Em primeiro plano, cabe pontuar que as escolas negligenciam o estudo da cultura brasileira. Isso se deve à fraca participação desses institutos na promoção de valores para a permanência da identidade, estigmatizando os povos cruciais para a formação histórica do Brasil. Assim, acordante com a ideia da indústria cultural do filósofo Adorno,  população acaba valorizando apenas elementos culturais que estão em alta, como a música pop, tornando a cultura brasileira mais escassa e desvalorizada.   Outrossim, a sociedade está enraizada em um visão etnocêntrica, advinda dos colonizadores europeus. Consoante à ideia de modernidade líquida proposta por Bauman, sociólogo, de que as pessoas tendem a apresentar características individualistas, há uma repulsão, por parte da sociedade, da diversidade cultural construída no Brasil desde o período do seu descobrimento. Nesse sentido, há uma exclusão de determinadas parcelas, como negros e índios, representando uma afronta à dignidade humana.   Face à conjunção desses problemas, é inadiável a participação do Ministério da  Educação, inserindo a cultura brasileira ao currículo escolar, abordado por meio de aulas que envolvam danças e apresentações, para que haja uma maior valorização e reconhecimento desse bem histórico. Ademais, cabe ao Estado, em parceria com mídia, criar propagandas e novelas que abordem e destaquem a miscigenação e outros elementos representativos da cultura do país, de forma a diminuir aos poucos o preconceito enraizado na sociedade, incorporando o nacionalismo de Quaresma.