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Enviada em: 24/03/2019

"O que faríamos sem uma cultura"? Esse questionamento é levantado pela filósofa britânica, Mary Midgley. O Brasil, por ser um país miscigenado, apresenta uma vasta diversidade cultural, fator que contribui para a criação de uma identidade brasileira, a "marca" que diferencia os brasileiros do restante do mundo. Infelizmente, muitos que moram no país não conhecem a imensa bagagem cultural e histórica que o Brasil possui.       A exclusão das religiões de matriz africana são um reflexo desse desconhecimento cultural. Segundo o Disque 100, de todas as queixas recebidas de discriminação, quase 40 por cento foram de credos africanos. A fim de combater esse preconceito enraizado, a implantação da Lei 10.639/03 torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas do país.       Por outro lado, a exaltação da cultura exterior no Brasil leva a uma alienação cultural em massa. Como exemplo temos o "Halloween" (dia das bruxas em português), típico festival americano. O foclore brasileiro, que é comemorado em outubro, assim como o Halloween, muitas vezes é deixado em segundo plano, sendo menos conhecido quando comparado ao feriado americano.       Além disso, a identidade historico-cultural, serve como uma espécie de "laço" que une um povo e cria um certo nacionalismo. Quando a cultura não é bem difundida, o sentimento de pertencimento é mínimo. Isso pode levar a movimentos separatistas como "O Sul É o Meu País", movimento que visa separar a Região Sul do restante do Brasil.       Sendo assim, a cultura precisa ser valorizada. O Ministério da Cultura (Minc), juntamente com a mídia, tem como responsabilidade criar um projeto sobre a valorização da cultura e história brasileira, com cartilhas educativas, palestras nas escolas e dias com oficinais especiais destinadas a educação sobre os diferentes povos que compõem o país. Somente assim é possível resgatar e valorizar a cultura brasileira.