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Enviada em: 24/04/2017

Valorização cultural: união e reconhecimento    Em "Macunaíma", livro de Mário de Andrade, o personagem principal é a representação da síntese da cultura brasileira. A despeito do movimento modernista, ao qual pertence essa obra, valorizar os aspectos culturais do Brasil, os caracteres exógenos são valorizados em detrimento dos endógenos. No entanto, faz-se necessário que haja a valorização e a expansão da história da construção da cultura brasileira, a fim de se estabelecer unidade da nação e reconhecimento das figuras que a compõem.    O filósofo australiano, Roman Krznaric, afirma que a empatia é uma espécie de antídoto para os problemas sociais. Contudo, só se pratica o exercício empático quando há identificação entre os indivíduos. Na ausência disso, ocorrem ímpetos separatistas como em 2014, no Brasil, quando alguns cidadãos queriam separar o Sudeste do Nordeste por questões políticas. Com a disseminação da ideia de uma cultura única, apesar de extremamente sincretizada, empreende-se o reconhecimento de semelhanças com o outro e, por conseguinte, dizima-se a ideia de separação.    Ademais, espalhando-se o conhecimento sobre os aspectos formadores da cultura, os personagens que fizeram parte desse processo são devidamente valorizados, além dos europeus, cuja cultura é a que tem maior visibilidade e leva a maior importância, em detrimento das demais. Dessa maneira, pode-se, também, atribuir a esses outros povos o que é deles por direito, como terras destinadas aos índios, por "útil possidetis" - termo latino que significa tomar posse por conta da utilização - e cotas raciais aos negros, por retratação pelos anos de escravidão.    Em suma, a valorização da cultura nacional contribui não só para a unificação do povo que a constitui, mas também para o reparo de danos causados outrora. Para isso, é preciso instituir programas televisivos contando a história da formação brasileira, por parte do governo federal, em todos os canais abertos. Além disso, as instituições de ensino devem realizar atividades ligadas à retratação dos costumes, da língua e, até das vestimentas da cultura nacional, por decreto do Ministério da Educação. Dessa forma, formar-se-á uma sociedade que exalta seu patrimônio cultural e se orgulho de seus ascendentes.