Materiais:
Enviada em: 30/04/2017

A diversidade cultural brasileira teve início no momento em que Cabral achou o Brasil e entrou em contato com os indígenas. Essa mistura cultural e étnica foi enriquecida com a chegada dos escravos africanos, imigrantes japoneses, italianos e muitos outros aventureiros que atracaram nas terras tupiniquins. Apesar desta grande diversidade, será que tratamos com a mesma importância todas as culturas que deram origem a formação da identidade cultural brasileira?      Os livros didáticos de histórias apresentam uma visão eurocêntrica. Passamos em média nove anos no ensino fundamental estudando, em grande parte, a história e cultura européia. Tratamos os portugueses como os descobridores do Brasil e deixamos de lado os indígenas,  ignorando sua vasta cultura e conhecimento.       A matriz cultural africana também é um objeto de esquecimento. O governo federal teve que produzir leis específicas, como a 10.639/03 e 11.645/08, para garantir sua inclusão e ensino nas escolas. A valorização da cultura afro-brasileira e indígena deveria ser natural. Muitas de nossas cidades possuem nomes indígenas, comidas típicas são passadas de geração a geração desde sempre pelos escravos. Festivais e danças só demonstram essa grande diversidade cultural em que a sociedade brasileiro foi fundamentada.       A base nacional comum, proposta pelo governo federal, é uma ótima oportunidade para mudarmos a maneira que essas culturas marginalizadas são trabalhadas no ambiente escolar. A unificação dos conteúdos básicos garante que a cultura afro-brasileira e indígena sejam trabalhadas, valorizadas e reconhecidas como importantes alicerces da identidade cultural brasileira.