Enviada em: 24/04/2017

A grandiosidade territorial e cultural do Brasil, torna difícil a construção de um único ponto de referência para a valorização da história brasileira. Isso acarreta falta de união dos estados e o preconceito, uma vez que o bem tangível ou intangível não é reconhecido, ele não é respeitado. Nesse âmbito, o problema persiste por falta de uma coesão histórico cultural.   A historiadora brasileira Emilia Viotti da Costa, autora da frase: "Um povo sem memória é um povo sem história. Um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado". Afirma assim a necessidade da cultura popular na construção e na valorização da história do Brasil.    Na década de 30, Getúlio Vargas intensificou o processo de construção da identidade nacional. Ele utilizou dos meios de comunicação para difundir a hegemonia da cultura nacionalista. Isso se deu com a aposta no samba, futebol e pratos típicos, mas não atingiu seu objetivo, pois até hoje os estados tem o sentimento de não integridade de nação.    Com o advento da globalização o abandono das lendas, contos, cantigas e costumes das regiões torna-se cada vez mais forte. Dessa maneira, favorece a ausência de identidade nacional. Sendo assim, abre espaço para o preconceito linguístico, cultural, como também para os movimentos separatistas presentes no país.    Portanto, o brasileiro precisa entender e compartilhar a importância da cultura popular na construção e na valorização da história do Brasil. Ao Poder Judiciário, cabe fazer valer as leis de discriminação, para assim punir e evitar que haja atos preconceituosos. Ademais, é preciso a ação conjunta da secretária da cultura dos governos, federais, estaduais e municipais, por meio das mídias sociais, incentivar a população a realizar visitas aos centros históricos, fornecendo guias qualificados e circuitos culturais bem planejados. As escolas, instituição formadora de valores, deve promover palestras a pais e alunos para discutir acerca dessa situação de forma clara e eficaz.