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Enviada em: 23/04/2017

Numa perspectiva sociológica, a cultura é tudo aquilo que o ser humano é capaz de produzir. Ao que tange o panorama brasileiro é possível enfatizar a capoeira, os sotaques, literatura de cordel. Elementos como esses estão ligados, primordialmente, à identificação de um grupo de indivíduos. Neste contexto, a cultura deve acontecer de modo natural, jamais imposto; além disso, há dificuldade, por uma parte da população, em reconhecer no popular uma expressão válida e equivalente à erudita.     É natural que com as constantes mudanças no meio social, os costumes e os métodos de expressa-los também se transformem. Entretanto, a principio, há irremediavelmente certo grupo de pessoas que resistem em compreender novas formas de olhar a realidade, ignorando inteiramente o que poderia ser empregado sobre a visão de mundo. O Samba foi marginalizado grandemente em suas raízes,s sendo tomado como música inferior por ter origens nas classes mais baixas, os responsáveis por suas letras e melodias sofriam, por vezes, repressão policial; já passado os tempos, o gênero musical é uma manifestação brasileira deveras reconhecida.     Ademais, ainda é problemático quando determinada cultura passa a ser imposta pelos meios de comunicação, por empresas ou pelo governo, de modo a definir como inerente a nação. Ao iniciar a literatura brasileira esse artificio foi usado por meio do Romantismo, no qual demonstrava um ideal de nação que não correspondia à prática. No século XXI, tal imposição ainda acontece, porém em outros âmbitos, especialmente nas vestimentas, na preferência musical vigente que domina as massas e em uma cultura de consumismo, ao passo que, muitas vezes, negligencia formas populares como o folclore, as cantigas e frevo entre outras características que remontam a história brasileira.     Os grupos populares, sendo assim, desenvolvem novas percepções de seu meio e perpetuam outras já criadas; impedir a diminuição e esquecimento dessas formas de cultura é essencial. Para tanto, é preciso que por intermédio de programas de televisão, das propagandas e da internet seja a cultura popular seja divulgada e exaltada, assim como aquelas que ainda não estão estabilizadas de modo a atenuar o preconceito. É necessário também que as secretárias de educação básica incentivem as escolas desde a mais tenra idade a desenvolverem as características culturais do país, assim como o senso crítico para identifica-las. Além disso, não pode faltar que a sociedade se torne consciente quanto à própria história, pois assim caminha-se para a um melhor entendimento do que nos caracteriza como nação.