No início da colonização da costa litorânea brasileira, recém descoberta pelas grandes potências europeias, houve um dos maiores exemplos de tomada cultural. Os portugueses impuseram aos indígenas seus hábitos, ou seja: religiosidade, culinária, vestimentas etc. Em um pensamento análogo, a nação poderia ter tomado outros rumos se a cultura indígena tivesse prosperado. Na época, o Brasil não possuía literatura, por exemplo, logo o trovadorismo europeu adaptou-se as primeiras expressões de arte. A cultura se faz um segmento essencial na reafirmação da história do país. A presença de holandeses, espanhóis, africanos, portugueses e até norte-americanos deixou marcas significativas nos traços e expressões da nação tornando-a extremamente miscigenada. No nordeste encontram-se afrodescendentes e holandeses, como no sul a maior parte populacional é oriunda de antepassados europeus. Toda essa bagagem cultural unificou-se e formou as características de uma só nação. Apesar de na contemporaneidade o preconceito étnico está presente em diversas esferas e chegando a tal dimensão que pode ser considerado um problema social. Porém, todos os traços de outros países que estão aqui presentes agem como alicerces para o orgulho da nacionalidade brasileira e da diversidade cultural. Contudo, o Brasil caminha lentamente para a resolução dos problemas que envolvem a desvalorização e a falta de acesso à cultura. O Governo deve garantir o intercâmbio da arte, música, literatura, dança em toda a sua extensão territorial. Ademais, está claramente explícito na Constituição de 1988 deve garantir á população o conhecimento. Ultimamente, vem ocorrendo no Brasil várias denúncias de apropriação cultural. A exemplo tem-se o caso da cantora Anitta: que após usar um turbante foi acusada pela população negra de apropriação cultural. É claro que o caso foi mal visto pelo caráter miscigenado do território, em que várias etnias conversam entre si. Entende-se, portanto, que o Governo deve usar seus recursos para unificar a população brasileira, destarte, por meio de palestras e campanhas públicas que intertextualizem as diversas presenças culturais presentes. Por exemplo: podem ser apresentadas nas escolas do sul e sudeste do país tradições das festas juninas, que são comuns no norte e nordeste. Além disso, o Ministério da Educação deve utilizar os meios midiáticos para explorar o caráter diversificado de hábitos que existem em todas as regiões, utilizando-se de pequenas propagandas em horários de máxima audiência que exemplifiquem, por exemplo, o cotidiano dos indígenas que vivem na Amazônia. Assim haveria uma conversa entre as culturas que vieram dos antepassados e que foram responsáveis pela construção da nação e afirmação da história brasileira.