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Enviada em: 20/04/2017

No início da colonização da costa litorânea brasileira, recém descoberta pelas grandes potências europeias, houve um dos maiores exemplos de tomada cultural. Os portugueses impuseram aos indígenas seus hábitos, ou seja: religiosidade, culinária, vestimentas etc. Em um pensamento análogo, a nação poderia ter tomado outros rumos se a cultura indígena tivesse prosperado. Na época, o Brasil não possuía literatura, por exemplo, logo o trovadorismo europeu adaptou-se as primeiras expressões de arte. A cultura se faz um segmento essencial na reafirmação da história do país.      A presença de holandeses, espanhóis, africanos, portugueses e até norte-americanos deixou marcas significativas nos traços e expressões da nação tornando-a extremamente miscigenada. No nordeste encontram-se afrodescendentes e holandeses, como no sul a maior parte populacional é oriunda de antepassados europeus. Toda essa bagagem cultural unificou-se e formou as características de uma só nação. Apesar de na contemporaneidade o preconceito étnico está presente em diversas esferas e chegando a tal dimensão que pode ser considerado um problema social. Porém, todos os traços de outros países que estão aqui presentes agem como alicerces para o orgulho da nacionalidade brasileira e da diversidade cultural.      Contudo, o Brasil caminha lentamente para a resolução dos problemas que envolvem a desvalorização e a falta de acesso à cultura. O Governo deve garantir o intercâmbio da arte, música, literatura, dança em toda a sua extensão territorial. Ademais, está claramente explícito na Constituição de 1988 deve garantir á população o conhecimento. Ultimamente, vem ocorrendo no Brasil várias denúncias de apropriação cultural. A exemplo tem-se o caso da cantora Anitta: que após usar um turbante foi acusada pela população negra de apropriação cultural. É claro que o caso foi mal visto pelo caráter miscigenado do território, em que várias etnias conversam entre si.      Entende-se, portanto, que o Governo deve usar seus recursos para unificar a população brasileira, destarte, por meio de palestras e campanhas públicas que intertextualizem as diversas presenças culturais presentes. Por exemplo: podem ser apresentadas nas escolas do sul e sudeste do país tradições das festas juninas, que são comuns no norte e nordeste. Além disso, o Ministério da Educação deve utilizar os meios midiáticos para explorar o caráter diversificado de hábitos que existem em todas as regiões, utilizando-se de pequenas propagandas em horários de máxima audiência que exemplifiquem, por exemplo, o cotidiano dos indígenas que vivem na Amazônia. Assim haveria uma conversa entre as culturas que vieram dos antepassados e que foram responsáveis pela construção da nação e afirmação da história brasileira.