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Enviada em: 28/04/2017

Substrato da fusão continental    A formação do Brasil contemporâneo está diretamente ligada às suas raízes, ou seja, está atrelada à colonização e ao seu legado histórico-cultural. Este processo e suas consequências foram retratados por diversos autores e hoje é uma preocupação social devido aos comportamentos intrínsecos a um povo tão miscigenado.    O apito das naus portuguesas já expunha aos nativos o que seria a nova realidade: negros, ibéricos e índios em um só território. O resultado disso mostra-se na culinária e comemorações folclóricas, como o costume de pular sete ondinhas para Iemanjá, ou até mesmo ir às igrejas instauradas no período colonial. Todavia, incompreensão desta colcha de retalhos que é a cultura brasileira, gera uma ruptura na unidade nacional, como atos preconceituosos, e merecem uma atenção especial das várias esferas sociais.   Nesse ínterim, os modernistas de 22 corroboraram para uma importante afirmação do "verdadeiro brasileiro". Em suas pesquisas, Oswald de Andrade relatou sotaques e costumes que mostram a diversidade popular, e constatou que com essa mistura "constroem-se telhados", ou melhor, o futuro da nação. Por conseguinte, a Garota de Ipanema do poeta Vinícius de Moraes mostrou esse Brasil para o mundo, o que contribuiu para que o Rio de Janeiro se tornasse um dos destinos turísticos mais procurados.   Segundo Cazuza, portanto, nosso sangue é preto, branco, amarelo e vermelho, isto é, somos frutos de uma mistura rácica. Desta forma, faz-se necessária a participação das escolas, através da leitura de mitos regionalistas, a execução de músicas populares no intervalo e até mesmo promoção de peças teatrais a respeito, para que a história faça parte do cotidiano dos alunos, gerando uma construção ideológica natural. Soma-se a isso a participação do Governo através da disponibilização de verbas e supervisão sobre o que está sendo incutido aos estudantes.