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Enviada em: 23/04/2017

Por uma nova realidade      No limiar do século XXI, a valorização da cultura brasileira ainda é um desafio. Na esteira desse processo, a identidade nacional foi decorrente de um processo de construção histórica e da miscigenação de várias culturas. Nesse sentido, na hodiernidade, o reconhecimento do passado como pilar importante na edificação do DNA sociológico brasileiro reverbera em luta na busca pela legitimidade e crescimento da nação.       Da ''colonização'' até a independência, o Brasil a construção da individualidade brasileira passou por um desenvolvimento, não apenas cultural, mas político. Segundo o antropólogo Roberto da Matta, a junção de culturas variadas nesse período, fez do ''Brasil o que é o Brasil''. Portugueses, Africanos, Índios, Holandeses e Franceses, muitos foram os povos que deixaram marcas no DNA da pátria verde e amarela. Os esforços para constituir a brasilidade é fruto de um dispositivo discursivo que unifique a diversidade. Logo, a identidade cultural brasileira foi construída sob a égide da miscigenação.      Nessa Perspectiva, na contemporaneidade, identificar o passado como forma de legitimidade do povo é um desafio. Segundo o Instituto de Pesquisa da USP, de 3014 municípios pesquisados, só em 220 a cultura era vinculada à estudos nas escolas. Apesar da cultura ser colocada como o principal diferencial da condição humana, fortalece a crença de que o trabalho intelectual pode contribuir expressivamente para os esforços de socialização e engradecimento de qualquer grupo social. Sendo assim, torna-se evidente que a valorização cultural trilha caminhos rumo valorização e expressividade do seu povo.        Para Confúcio, a cultura está acima de qualquer condição social. Partindo dessa égide, é necessário um maior esforço coletivo na valorização da identidade nacional brasileira. Isso se dará através de medidas implementadas pelo Estado, juntamente com a Escola, inserido na matriz escolar o estudo das diversas culturas presentes no Brasil e suas expressividades, fortalecendo o processo de valorização local e nacional. Além disso, cabe a mídia quebrar os esteriótipos de uma cultura única, mas sim, mestiça. Pois, só assim, pode-se vislumbrar um futuro onde a valorização cultural poderá ser, de fato, uma realidade.