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Enviada em: 23/04/2017

Hierarquização cultural  Desde o início do século XX, a partir do movimento modernista, que a formação da identidade nacional busca resgatar o passado histórico do país. Contudo, ainda percebe-se uma hierarquização ao tratar-se da cultura e o distanciamento da mesma com os indivíduos, tendo em vista a falta de investimentos nessa área.  Em um primeiro aspecto, evidencia-se a hierarquização cultural existente no país como um resquício do período de colonização, uma vez que, desde o século XVI, há a preponderância de certos povos e etnias em detrimento de outros. Dessa maneira, observa-se, ainda no século XXI, a marginalização das músicas, religiões e ritos de origem africana.  Com os índios o cenário não é muito diferente. Rituais e crenças indígenas são deixadas de lado e vistas, até mesmo, com maus olhares. Uma pesquisa feita em 2013 pela Funai revela que 60% da cultura aborígene foi esquecida ou convertida. E com um país de território tão vasto, casos como esses, infelizmente, tornam-se cada vez mais frequentes, devido à falta de informação da importância da diversidade proporcionada por tais povos.  O acesso a meios de propagação cultural, tais como, teatros, cinemas, museus e etc, ainda são muito restritos a uma parcela da população. Além disso, nota-se a falta de investimentos nesse setor como uma das causas de enfraquecimento da cultura nacional, tendo em vista que assim atitudes retrógradas como a discriminação cultural perpetuam-se.  Dessa maneira, conclui-se a necessidade de investimentos no setor cultural para se ter a valorização da cultura nacional e a consequente formação da identidade desejada desde o século XX. Logo, cabe às esferas governamentais reorganizarem o orçamento e destinarem uma maior porcentagem de verba para o setor cultural. Possibilitando um maior alcance de acesso a serviços culturais, por parte da população. Além do ensino da riqueza cultural brasileira nas escolas, assim, próximas gerações terão uma identidade nacional constituída igualitariamente.