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Enviada em: 30/04/2017

Não se pode banalizar suas raízes.     " Um povo sem o conhecimento da sua história, origem e cultura é um povo sem raízes''. Sem dúvida, mais do que uma mera frase de Marcus Garvey. Pelo contrário, essa é uma realidade que acontece, principalmente, quando as pessoas têm vergonha, ou melhor, preconceito de revelar sua verdadeira identidade cultural. Afinal, mais do que apenas conhecer as diversas culturas, é necessário, antes de tudo, respeitá-las.     De certo, em meio a tamanha miscigenação do povo brasileiro, não se pode esquecer, especialmente, de duas etnias, a indígena e a negra. Logo, como não mencionar sobre esses povos que se fizeram tão presente ao longo da história do país, tanto com o descobrimento do Brasil no período de 1500 com a catequização dos silvícolas, quanto no período colonial, sobretudo, com a utilização da mão de obra negra. Haja vista que foram em momentos como esse que a cultura africana e indígena passaram a se enraizar no país e, hoje, pode ser vista em pequenos detalhes, bastando apenas olhar para o linguajar, as iguarias, as roupas, entre outros. Dessa forma, mostrando que tem de existir a valorização da origem da cultura brasileira.         No entanto, infelizmente, por diversas vezes não é isso que acontece, uma vez que quando o negro é visto com olhar preconceituoso e o índio como fora do foco da história do país, isso está longe de representar a valorização e a importância da cultura popular. E ainda que tenha ocorrido um grande avanço, mais especificamente, com a criação da Lei 11.645, que obriga o ensino da história e cultura indígena, ainda assim, falta acontecer a ''quebra'' da barreira do preconceito. Assim, como na questão da cultura negra apresentada em salas de aula, com uma visão quase que, totalmente, deturpada na cabeça dos estudantes, por não terem o ensino necessário.            Portanto, para se ter tal valorização da cultura da história brasileira, não é necessário apenas obrigar os professores que eles- índio e negro- se fizeram presente na história do país. Pelo contrário, é necessário, antes de tudo, desconstruir os equívocos que estão arraigados nos estudantes, por meio de disciplinas que tratem dessas questões, como a antropologia. Também é de grande importância as escolas investirem em cursos de atualização para os professores para adquirirem melhor conhecimento. Outra opção e que teria de vir por parte do Ministério da Educação é com a adoção de materiais didáticos nas escolas que abordassem desde a arte desses povos ao linguajar. E não apenas uma breve olhada no assunto de modo banal, como se não tivesse importância.