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Enviada em: 15/09/2017

A partir da metade do século XX, ascendeu-se o sistema capitalista técnico-científico, com isso os limites de espaço entre os países foram reduzidos por ocasião dos instrumentos tecnológicos inventados e aprimorados naquela época, como os celulares e computadores. Por consequência, esses países passaram a se tornar mais interdependentes, tanto economicamente quanto culturalmente. Assim, surge a questão da perda do espaço cultural local para uma cultura global, amorfa e efêmera, que visa, sobretudo, o lucro.    É indubitável que a cultura tem um valor inestimável e importância fundamental na construção de um país, sendo este o grande detalhe que os distinguem uns dos outros. Dessa forma, conhecer as raízes culturais do país significa resgatar e preservar o histórico e as tradições daqueles que contribuíram para que a sociedade chegasse ao ponto em que se encontra; significa ainda, preservar os valores cívicos construídos ao logo do tempo e aprimorado além dele, como o patriotismo e o respeito às leis.    Contudo, em virtude do grande crescimento dos mercados internacionais, cresceu-se também a indústria publicitária, responsável por produzir uma necessidade introjetada em uma cultura de massa que deseja convencer o público consumidor a adotar padrões de necessidades superficiais, e que está ganhando muita força nos últimos tempos, substituindo a real cultura histórica do povo brasileiro. Além disso, a inércia do Estado frente a questão é, certamente, um dos grandes problemas. Por conta da falta de incentivos e de valorização do acesso ao acervo histórico cultural do povo brasileiro, seu conhecimento e reconhecimento pela própria população tenderá a diminuir, resultando na descaracterização dessa nação. O que fica evidente na concepção do pensador Pedroso, o qual afirma que um povo que não tem raízes acaba se perdendo na multidão.    Por conseguinte, percebe-se a permanência do problema por fatores sociais e políticos. Portanto,  a fim de atenuar o impasse, cabe a Receita Federal viabilizar recursos financeiros necessários que deem subsídios aos Governos Estaduais para promover programas de valorização e incentivo à cultura nacional, como por meio da produção de filmes, teatros e museus, nos moldes da Semana de Arte Moderna, em que foi valorizada as raízes nacionais, objetivando diminuir a penetração da cultura de massa e aumentar o contato com a história brasileira. Segundo Immanuel Kant: "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Assim sendo, cabe ao MEC deverá instituir na grade escolar o ensino obrigatório da cultura popular brasileira, com o fito de assegurar o acesso a informação, principalmente entre os jovens, e evitar a permanência da questão.