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Enviada em: 06/05/2018

A Revolução Técnico-Científico-Informacional permitiu o avanço nas tecnologias de informação e comunicação, contribuindo para a difusão de conhecimento. Nesse sentido, a Educação à Distância (EAD), no Brasil, tem proporcionado democratização do ensino, em virtude de permitir a flexibilidade de tempo e espaço, eliminar barreiras físicas e se adaptar aos contextos socioeconômicos. Sendo assim, essa nova modalidade de ensino e aprendizagem auxilia na inclusão social mesmo com empecilhos no setor público e no preconceito de parte da sociedade.        Nesse contexto, segundo o pensamento do sociólogo francês Pierre Bourdieu a estrutura social é vista como um sistema de privilégios e poder, refletindo na educação. Paralelamente a isso, nota-se que os cursos EADs possibilitam o ingresso de classes sociais mais vulneráveis economicamente ao ensino superior, em razão de as mensalidades serem menores. No entanto, essa modalidade ainda não é tão difundida nas instituições públicas quanto nas privadas. Evidência disso é que, conforme o portal O Globo, mais de 90% das inscrições de cursos à distância eram em faculdades particulares. Dessa forma, é indubitável que as instituições estatais ofereçam algumas formações online com a finalidade de haver a completa integração da minoria.       Por outro lado, ainda existe o questionamento quanto à qualidade do ensino e à validade do diploma. Inclusive, no mercado de trabalho, criou-se o estereótipo que o aluno formado em EAD possui capacitação inferior ao instruído  em unidades presenciais. Contudo, as instituições credenciadas  e autorizadas passam por avaliações periodicamente. Ademais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) rege que o diploma não deve explicitar a modalidade do curso. Posto isso, nota-se que tais condutas em melhorar e difundir o ensino à distância possibilitou, entre 2014 e 2015, o crescimento em 3,9% de acordo com o último Censo da Educação Superior.        Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Estado promova o repasse de verbas para a criação de cursos à distância nas universidades públicas. Isso poderia se concretizar por meio de políticas público-privadas com empresas do ramo da tecnologia, ou seja, tais companhias poderiam oferecer o suporte técnico com preços abaixo dos de mercado e as faculdades investiriam em pesquisas para melhorar a ciência de comunicação. Tal medida teria a finalidade de não só garantir a eficiência e acessibilidade da EAD no setor estatal, mas também de desenvolver métodos que melhore os sinais de internet e navegabilidade, levando tal recurso para áreas mais remotas. Por fim, é fundamental que o MEC (Ministério da Educação) oriente, por meio de vídeos educativos, os alunos nas escolas e a comunidade sobre a validade dos cursos à distância e sua equiparação ao presencial.