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Enviada em: 15/06/2018

Porém, apesar dessas garantias, a conjuntura social é responsável por fazer com que esse modelo educacional possa ser negativo para a população. Segundo o sociólogo Z. Bauman, a contemporaneidade é marcada por uma fluidez, em que as relações interpessoais são cada vez mais rápidas e passageiras, fazendo com que a individualidade, em detrimento da empatia, seja valorizada. Nesse contexto, parte dessa situação é agravada pela supervalorização das redes de informação, em que as pessoas passam o maior tempo na frente do computador e deixam de se relacionar pessoalmente com outros cidadãos. A Educação a Distância, no entanto, colabora para esse afastamento social, já que os indivíduos não vão precisar ter um contato pessoal e - de certa forma - social com a população. Como consequência disso, a EaD influencia para um maior distanciamento dessas relações interpessoais, o que, com o tempo, pode resultar em uma intolerância de parte dos cidadãos, que, por só se relacionarem com as pessoas em que ele tem maior afinidade e concordância, passam a não tolerar opiniões e situações que não estejam de acordo com seus pensamentos, podendo desencadear casos de bullying e de violência física ou psicológica, além de uma exclusão social, o que fere o funcionamento da cidadania do país. De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, o processo educativo é um dos principais responsáveis pela formação social e adaptação do cidadão à sociedade em que vive, uma vez que esta é anterior ao indivíduo. Um dos modelos de educação é a Educação a Distância (EaD), em que não é necessário se apresentar à instituição de ensino e as aulas são vistas pela internet. Entretanto, embora esse método de ensino seja importante para a sociedade, questões sociais são entraves para que essa alternativa seja efetiva.