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Enviada em: 28/05/2018

Com a difusão em massa dos  sistemas de informação em pleno século XXI, tornou-se possível a integração de técnicas educacionais e a tecnologia computacional. A Educação à Distância -EAD- representa uma dessas fórmulas de sucesso, sendo de grande importância na propagação  e na flexibilização do ensino, principalmente para regiões longínquas e de menor desenvolvimento.       De fato, algumas regiões, como o interior do Maranhão e do Piauí, ainda sofrem com a infraestrutura precária de ensino básico e de transportes, impondo barreiras ao direito social da educação, como previsto no artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Soluções de educação computadorizada seriam uma forma de propagar o ensino com custos relativamente baixos.       Outro ponto positivo é a possibilidade da flexibilização de horários, permitindo uma melhor gestão pessoal do tempo. Segundo pesquisas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), 73% dos entrevistados apontaram melhoras no uso do tempo diário, com impactos na qualidade de vida.       Contudo, o sucesso da modalidade foi expresso principalmente no Ensino Superior, como mostram dados do Ministério da Educação: 86% dos alunos do EAD estão situados neste ensino. Esse fato mostra ainda o potencial para expansão no Ensino Básico, que hoje exclui quase 2,5 milhões de jovens, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD).       Destarte, é imprescindível a criação de um plano de expansão do ensino à distância para o Ensino Básico. Há exemplos atuais de projetos EAD sendo implementados na África do Sul, Moçambique e Etiópia, que dispõem de núcleos computadorizados de baixo custo para comunidades carentes. Tais sistemas são acompanhados por metas semanais e provas presenciais que validam a eficácia do ensino. No brasil, a implantação dar-se-ia por meio de política pública com vinculação de parte das receitas do Ministério da Educação ou mesmo por incentivos fiscais com a participação privada.