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Enviada em: 19/06/2018

Acessibilidade ou sucateamento do ensino       Segundo o último senso do IBGE, o Brasil está na marca de cerca de 200 milhões de habitantes. Neste contexto, com a imensa extensão territorial e demanda de crescimento e desenvolvimento, a educação à distância se torna importante ferramenta de acessibilidade a todos ao conhecimento, mas são necessárias cobranças de parâmetro de qualidade para que o ensino não se torne sucateado.   Indubitavelmente, em cursos tradicionalmente presenciais, a acessibilidade se torna limitada em tempo e espaço, excluindo aqueles que necessitam manter um emprego ou realizar outras atividades paralelas. Além disso, muitas pessoas se mudam de cidade apenas para estudar, deixando a família e concentrando ainda mais capitais e centros urbanos já saturados. Com o advento da era digital e a popularização da internet, faculdades à distância são importantes por não necessitarem de deslocamento e atenderem a população em geral, seja rural ou urbana, via flexibilidade de tempo e facilidade de acesso, promovendo democratização do ensino e criação rápida de mão de oba.     Entretanto, tal criação rápida de mão de obra também tem sido acompanhada pela queda na qualidade do ensino e formação de profissionais incapacitados no país. Isso porque, muitas faculdades particulares, por objetivarem apenas o lucro financeiro, facilitam a aprovação do aluno formando pessoas pouco qualificadas ou, até mesmo, promovendo a compra e venda de diplomas.     Em síntese, a educação à distância é grande oportunidade de impulsionar a educação através de seus benefícios exclusivos. Mas, é necessário ao Ministério da Educação fiscalizar as instituições de ensino e verificar se realmente estão sendo cumpridos todos os requisitos mínimos de qualidade em cursos de ensino superior não presenciais, a fim de preservar os pontos positivos dessa modalidade e evitar o sucateamento de profissionais e a desvalorização da qualidade do ensino no país.