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Enviada em: 26/06/2018

A Revolução Industrial, no século XVIII, é considerada a consolidação do capitalismo, uma vez que, a partir dela,o modo de produção, as relações de trabalho e até mesmo a rotina das pessoas foram alteradas. Em consequência disso, vive-se, hodiernamente, em uma sociedade com um cotidiano acelerado e cheio de ocupações, logo, a Educação à Distância se torna cada vez mais comum, já que nela há flexibilidade de tempo e espaço.      Em primeiro plano, percebe-se que o EAD oferece uma democratização da educação, tendo em vista que, com o uso da internet, é possível acessá-la em qualquer local e também as mensalidades são mais acessíveis para as pessoas de baixa renda. Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o número de ingressos em cursos de graduação dobrou de 2003 a 2014, sendo que, no ultimo ano, o curso à distância correspondia a cerca de um terço do total. Diante disso, percebe-se, portanto, que houve a difusão da educação para vários estratos da sociedade.       Em contrapartida, o acelerado número de inclusão no Ensino Superior à distancia, já que para ingressar nela não há critérios rígidos, tem como produto o alto índice de analfabetismo funcional. De acordo com o Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional), 38 % dos estudantes das faculdades não dominam as habilidades básicas de leitura e escrita. Para a diretora do IPM (Instituto Paulo Montenegro), é necessário focar mais na qualidade do ensino do que na quantidade de alunos, tendo em vista que está ocorrendo uma "popularização" do ensino superior sem qualidade. Dessa forma, os profissionais formados no Brasil tende a ser uma mão de obra barata, já que não há a capacitação necessária.       Diante do exposto, percebe-se, portanto, que o crescente número de matrículas no EAD favorece o aumento do número de analfabetos funcionais e, por conseguinte, produz profissionais desqualificados. Logo, é imprescindível que o Ministério da Educação utilize 5% dos lucros das lotéricas do país para a ampliação de vagas para o Ensino Superior a fim de atender às pessoas que não tem condição financeiro de pagar uma faculdade de qualidade.