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Enviada em: 30/06/2018

Com a Revolução Técnico-Científico-Informacional, descrita pelo geógrafo brasileiro Milton Santos, surgiram novas formas de transmitir informação, com o uso da internet em diversos meios tecnológicos. Dessa forma, a educação à distância no Brasil vem ganhando cada vez mais destaque, por proporcionar maior economia de tempo e dinheiro, além de alcançar uma maior porção territorial, analogamente aos capilares sanguíneos do corpo humano. Entretanto, o ensino online passa por constantes desafios, em virtude da falta de conhecimento da população a respeito do tema e da maior necessidade de disciplina e responsabilidade por parte do estudante. Logo, o debate se faz válido.          Na visão de Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, " Vivemos em tempos líquidos ". A ideia remete a fluidez e rapidez com que as relações humanas estão se modificando, como um líquido que adquire formas variadas. Contudo, o cidadão nem sempre está preparado para tamanha volatilidade, o que gera dúvida e preconceitos, como no caso da educação digital à distância. Ainda que as diversas plataformas possuam professores altamente qualificados, há o estigma social de que o ensino virtual não apresente a mesma qualidade, o que é uma generalização perigosa, pois pode fechar portas para novas oportunidades que talvez se adequem melhor com o estilo de vida de cada um. Portanto, é fundamental conhecer sobre as novas formas de educação para ampliar o leque de possibilidades.     Outrossim, destaca-se as dificuldades do aluno virtual no que se refere à disciplina. Para Kierkegaard, filósofo existencialista, " A angústia é a vertigem da liberdade ". Diante dessa abordagem, é evidente que a liberdade proporcionada pelo ensino digital pode gerar angústias, pela dificuldade em se ter disciplina e responsabilidade. Sendo assim, o indivíduo que adere a tal modelo de educação necessita de maturidade e experiência no campo educacional, para manter o foco em meio a tanta liberdade. Por conseguinte, é evidente que o autoconhecimento é imprescindível para usufruir dos benefícios do mundo tecnológico.          Destarte, o Ministério da Educação deve expor os benefícios e as dificuldades do aprendizado virtual, por meio de propagandas nas diversas mídias digitais e tradicionais, a fim de auxiliar a população na tomada de decisões e propagar a difusão do conhecimento e o combate ao preconceito. Dessa forma, será possível democratizar o acesso à educação com uma maior produtividade dos estudantes, inseridos no meio adequado e livres para ter uma vida acadêmica de sucesso do seu próprio modo.