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Enviada em: 06/08/2018

Ao tratar sobre o ensino superior no Brasil atual, verifica-se uma nova modalidade que têm ganhado força nos últimos anos e não pode estar de fora dos debates: o ensino a distância. Trata-se de uma forma de ensino onde não se faz necessário a presença diária do estudante em uma instituição de ensino, possibilitando o estudo através de plataformas online e atendendo a entrada de diferentes perfis de indivíduos ao ensino superior. Entretanto, este modelo ainda necessita de maior regulação e ampliação de sua oferta.        É preciso enfatizar, desde o início, que a Educação a Distância - EaD é um avanço para o país, dado que aumenta a oferta de mão de obra qualificada, haja vista que permite que pessoas, que no modelo presencial de ensino não teriam disponibilidade, concluam um curso superior. Dessa ótica, pode-se compreender que existe uma necessidade de ampliação da EaD. Isso porque este tipo de ensino ainda é restrito, em sua grande maioria, às instituições particulares, restringindo o acesso de uma parcela da população. Não há dúvidas, então, de que a EaD é uma alavanca social e econômica para aqueles que possuem restrições geográficas e de tempo, portanto é essencial que existam projetos para sua maior disseminação.        Outro fundamento, a ser considerado nessa discussão, é o fato de que a EaD utiliza-se das tecnologias de informação e comunicação para a transmissão de conteúdos. Vale ressaltar, portanto, que isso permite uma maior abrangência de métodos de aula e modelos de cobrança do aluno. O mais preocupante, contudo, é constatar os diversos casos de instituições de ensino que tratam a educação como comércio e utilizam do pretexto da EaD para facilitar a concessão de um diploma, afetando assim todo este modelo educacional que tem ganhado destaque. Por esse motivo, é fundamental que os órgãos competentes aumentem suas exigências para a liberação de cursos à distância, protegendo a estrutura educacional e mantendo a equidade entre os profissionais do mercado.        Toda essa discussão estabelece uma conduta que requer mudança improrrogável. Logo, é preciso que o Estado, através de seus órgãos responsáveis, desenvolva projetos educacionais, construindo a cultura da EaD nas universidades públicas, com a finalidade de ampliar as vagas desse modelo educacional fora das instituições particulares. Ademais, deve-se investir em métodos de regulação do ensino à distância, implementando uma metodologia básica que deve ser seguida por todas instituições que ofertarem este modelo de curso, a fim de que haja transparência e uma melhor qualidade de ensino, no geral. Com a fundamentação dessa ações, acredita-se na possibilidade da otimização da ferramenta socioeconômica que a EaD representa.